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Brasil

Lula cobra negociação com servidores antes que governo receba greve "de presente"

Governo articula projeto na Câmara que antecipa acesso à até R$15 bilhões de crédito extra para conseguir aplacar as demandas dos servidores


Imagem ilustrativa da imagem Lula cobra negociação com servidores antes que governo receba greve "de presente"
Presidente Lula defende direito à greve e reconhece importância de negociações |  Foto: Agência Brasil/ Marcelo Camargo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou nesta quarta-feira (10) que a ministra Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) está "fervilhando de problemas", por suas negociações com servidores públicos, que vêm pressionando por reajustes salariais. O petista, porém, defendeu o direito à greve: "Não tenho moral para falar contra greve, nasci das greves", disse.

A fala se deu ao cumprimentar a titular da pasta, além de outros ministros que estavam na plateia da cerimônia de lançamento do Minha Casa, Minha Vida Entidades e Rural, no Palácio do Planalto.

"Ela [Esther] está fervilhando de problemas. Acho até que não devia ter deixado ela vir para cá, devia ficar negociando antes que a gente receba de presente as greves", disse, arrancando risos da plateia.

"A gente pode até não gostar, mas [greves] são direito democrático dos trabalhadores. Não tenho moral para falar contra greve, nasci das greves. Então sou obrigado a reconhecer".

Em outro momento de seu discurso, Lula disse ser democrata e lembrou de quando era líder sindical e disse que nasceu xingando empresário, mas que depois sentava à mesa de negociação. E que começava radical, pedindo tudo ou nada, mas que aprendeu que um bom acordo "vale muito para consolidar a democracia". Lula disse que, ao invés de pedir 100%, tinha 50%, 40%.

Nesta manhã, Esther Dweck chegou a convocar uma reunião da JEO (Junta de Execução Orçamentária) para discutir no Planalto reajuste. O encontro, contudo, não ocorreu, porque Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda) foram chamados para uma reunião com Lula.

Pouco antes do evento no Planalto, Haddad afirmou na Fazenda a jornalistas que a reunião da JEO foi convocada a pedido da ministra com o objetivo de verificar o espaço orçamentário para atender às demandas da pasta referentes ao funcionalismo público, investimento e inovação.

"Tem três cenários que ela [Dweck] nos apresentou, e ela vai mandar para a gente a memória de cálculo para nós trabalharmos e devolvermos para a Casa Civil ainda hoje [quarta]", disse Haddad. O ministro teve apresentação de técnicos sobre o tema, mas a reunião com ministros deve acontecer ainda nesta quarta.

O programa da cerimônia nesta quarta foi lançado no ano passado e o governo anuncia nesta quarta 2.105 propostas aprovadas para o MCMV Rural e 443 para o Entidades. O investimento previsto é de R$ 11,6 bilhões para atender mais de 440 mil pessoas em áreas urbanas e rurais.

Serão atendidos, neste programa, famílias de movimentos de luta por moradia, quilombolas e indígenas. A cerimônia contou a presença de grupos de movimentos sociais, que fazem parte da base do presidente Lula.

GREVES

Funcionários dos institutos federais cruzaram os braços no começo do mês e prometem paralisar até mesmo programas sociais executados pelas instituições. Professores do ensino superior, por sua vez, aprovaram indicativo de greve a partir de 15 de abril. Técnicos das universidades já estão em greve desde 11 de março.

O Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) convocou para 17 de abril uma marcha nacional em Brasília.

Outras carreiras fazem paralisações pontuais, atuam em "operação-padrão" (rotina de maior burocracia, com impacto negativo no tempo dos serviços) ou promovem ações de mobilização. A lista inclui servidores do Banco Central, do Tesouro Nacional, da Receita Federal, da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), analistas de comércio exterior e membros de carreiras ambientais (como ICMBio e Ibama).

O Ministério da Gestão e Inovação conta com a liberação de um crédito extra de até R$ 15 bilhões a partir de 22 de maio para conseguir aplacar as demandas do funcionalismo. Por isso, as conversas tinham esfriado, e havia uma expectativa de retomá-las entre o fim de maio e o início de junho.

Agora, em meio ao movimento grevista e da pressão pela retomada das negociações, o governo articulou na Câmara a aprovação de um projeto que, na prática, permite antecipar a abertura desse crédito. O texto ainda precisa do aval do Senado.

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