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Brasil

MEC vai pagar até R$ 9,2 mil de bolsa em 3 anos para alunos de ensino médio

Parcela será incluída no programa "Pé de Meia", que concederá uma bolsa para estudantes de baixa renda


Imagem ilustrativa da imagem MEC vai pagar até R$ 9,2 mil de bolsa em 3 anos para alunos de ensino médio
Em 2024, o governo brasileiro vai gastar R$ 6,1 bilhões com o programa Pé de Meia |  Foto: Angelo Miguel/MEC

O governo federal informou nesta sexta-feira (26), que pagará um bônus de R$ 200 para estudantes de baixa renda que participarem do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A parcela será incluída no programa "Pé de Meia", que concederá uma bolsa para estudantes pobres que cursarem a etapa. Segundo o governo, até 2,4 milhões de alunos são elegíveis para o benefício.

O governo pretende investir até R$ 9.200 por beneficiário ao final dos três anos do ensino médio. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma coletiva de imprensa específica sobre educação para detalhar os projetos implementados pelo governo na área.

Nesta sexta-feira, Lula assinou o decreto que regulamenta a iniciativa que vai beneficiar estudantes matriculados em escolas públicas, que tenham entre 14 e 24 anos de idade e cujas famílias estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico). Estudantes que sejam beneficiários do Bolsa Família como "famílias unipessoais", ou seja, quando a pessoa é a única a desfrutar do benefício, não poderão receber a bolsa do ensino médio.

Durante o evento, o ministro da Educação, Camilo Santana, detalhou como será o pagamento da bolsa do ensino médio. O ministro evitou cravar quando começará o pagamento da bolsa, mas disse que a expectativa do governo é conseguir iniciar os pagamentos até o final de março.

De acordo com ele, os estudantes que se matricularem a cada ano na etapa receberão um aporte inicial de R$ 200, totalizando R$ 600 para aqueles que cursarem todo o ensino médio. Depois, os alunos que frequentarem a escola receberão nove parcelas de R$200, totalizando R$1.800 por ano.

Ao final da conclusão de cada ano, os estudantes receberão um valor adicional de R$ 1.000, que poderá ser sacado integralmente somente quando o estudante terminar o ensino médio. Por fim, ao se formar na etapa, aqueles que participarem do Enem receberão um bônus de R$ 200.

Para ter direito ao benefício o estudante deve ter feito a matrícula até dois meses após o início do ano letivo. O decreto determina ainda que o aluno deve ter uma frequência mínima de 80% na escola. O pagamento será feito em uma conta aberta no nome do próprio estudante. Caso o aluno reprove duas vezes consecutivas ou dois anos, perderá a bolsa.

"O que estamos tentando fazer é uma busca, antes que a gente perca esse jovem para crime organizado. Estamos tentando recuperar para o País e para sua família. Por isso não me venha falar na palavra gasto quando a gente fala em fazer uma universidade, uma escola técnica, porque é o investimento mais extraordinário que o País pode fazer", disse o presidente.

Em 2024, o governo brasileiro vai gastar R$ 6,1 bilhões com o programa Pé de Meia. O valor é superior ao destinado em outros programas anunciados pelo governo, como o programa de Escola em Tempo Integral, que pretende investir R$ 4 bilhões considerando o ano passado e este ano.

O ministro Camilo Santana minimizou a distorção, afirmando que há outras fontes de recurso, como o PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento) e o Fundeb, para complementar a política de educação integral.

"Não é o Pé de Meia que vai resolver isso (todo o problema do ensino médio), mas estamos falando de 480 mil jovens de ensino médio que estão evadindo da escola em um ano. Vamos dizer: 'Jovem, queremos que você fique na escola, que você tenha futuro' ", disse Camilo Santana.

Na semana passada, o programa Pé de Meia foi sancionado pelo presidente. O governo havia mandado o texto ao Congresso em formato de Medida Provisória, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, determinou que o tema fosse votado no âmbito de um projeto de lei da deputada Tabata Amaral (PSB).

A ideia de conceder um benefício para reter os estudantes do ensino médio na etapa foi incorporada por Lula ainda durante a campanha, quando o presidente celebrou um acordo pelo apoio da então presidenciável Simone Tebet no segundo turno das eleições.

Uma das propostas negociadas por Tebet para apoiar a candidatura de Lula foi a criação de uma bolsa para tentar reduzir a evasão na etapa. Atualmente, cerca de 7,5% dos jovens que cursam a etapa se evadem do sistema. O presidente Lula disse ainda que é preciso colaboração de municípios, Estados e de toda a população para que o programa dê certo.

" Esse programa para dar certo é preciso que haja 200 milhões de fiscais. Vamos ter que conversar muito com os pais, com as mães, com os prefeitos. Porque é o seguinte: ou nós fazemos isso ou o crime organizado fará? Ou nós damos oportunidade a esse menino, ou crime organizado dará. É apenas uma questão de decisão política, não é decisão econômica", disse Lula.

O presidente Lula e o ministro foram questionados a respeito do cronograma do governo para resolver o impasse relacionado à Refomar do Ensino Médio, mas evitaram fixar um prazo. Questionados sobre o que seria inegociável para o governo na proposta, também evitaram responder. O Ministério da Educação enviou um texto que prevê 2400 horas de formação geral básica.

A exceção seria para estudantes que fizerem educação profissional, que deverão ter até 2100 horasde formação geral. O Congresso, porém, pretende rever esse número. O argumento é de que isso inviabilizaria o ensino técnico e poderia gerar distorções entre os estudantes. O ministro e o presidente também não responderam se estariam dispostos a abrir mão da carga horária proposta pelo MEC caso o Congresso queira alterar o texto.

Bolsa para indígenas e quilombolas

O ministro da Educação anunciou também que o governo vai universalizar as bolsas de assistência estudantil para indígenas e quilombolas ainda neste ano. O benefício é concedido a estudantes em vulnerabilidade que estudam nas universidades federais para que possam se manter no curso. Camilo Santana não deu detalhes, no entanto, sobre qual será o cronograma dessa expansão.

"Vamos universalizar as bolsas de assistência estudantil para indígenas e quilombolas em todas as universidades em 2024?, disse o ministro.

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