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Cidades

Gastos com saúde: médicos explicam alta de casos de autismo no País

País tem cerca de 5 milhões de autistas. Pesquisa aponta que uma em cada 36 crianças recebe diagnóstico até 8 anos


Imagem ilustrativa da imagem Gastos com saúde: médicos explicam alta de casos de autismo no País
A psicopedagoga Bárbara Campos Fernandes, 41 anos, é mãe dos gêmeos Davi e Luca, de 9, que são autistas. Ela conta que os primeiros sinais surgiram com 1 ano e meio. “Eles balançavam as mãos, pararam de falar, de apontar, de olhar nos olhos, e não respondiam quando a gente chamava”. Ela conta que, após passar por uma pedriatra, uma neuropsicóloga e o neuropsocólogo que os acompanha há oito anos, o diagnóstico foi fechado. “O diagnóstico precoce ajudou muito na verbalização e na comunicação”. |  Foto: Fábio Nunes/ AT

Pesquisas comprovam o que médicos e outros profissionais da saúde têm vivenciado em seu dia a dia. O aumento dos casos de autismo no Brasil.

O relatório do Centers for Diseases Control and Prevention (CDC), publicado no ano passado, mostra que uma em cada 36 crianças é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos 8 anos de idade.

Ao relacionar esse dado para o Brasil, com uma população estimada em 203 milhões (Censo 2022), o País teria cerca de 5,6 milhões de autistas. Esse número representa um aumento de 22% em relação ao estudo anterior, feito em 2018 e que estimava que uma em cada 44 crianças apresentava TEA naquele ano.

Para a médica neurologista Mariana Grenfell, o que se acredita é que o aumento nos diagnósticos pode refletir uma combinação de maior conscientização, mudanças nos critérios diagnósticos e uma compreensão aprimorada do TEA. “Isso não necessariamente indica um aumento real nos casos, mas sim uma melhoria na identificação”, avalia.

O neuropediatra Raphael Rangel observa que, nos últimos anos, em especial na última década, houve um aumento notável nos casos de autismo em todo o mundo. Ele destaca que esse fenômeno complexo tem desafiado famílias, profissionais de saúde, educadores e políticas de saúde pública.

“Parte desse aumento pode ser atribuída a uma maior conscientização e melhorias nas práticas diagnósticas. Uma outra parte secundária se deve a uma mudança na classificação do autismo em 2013, tornando o diagnóstico um 'espectro', além da melhor difusão das informações principalmente com o avanço das redes sociais”.

O especialista destaca ainda o que ocorreu durante a pandemia de covid-19. “Com a maior presença dos pais no dia a dia dos seus filhos, muitas famílias conseguiram conhecer e perceber sinais de que algo não estava adequado no desenvolvimento das crianças”.

O especialista enfatiza a importância do diagnóstico precoce, para que essas crianças possam receber de forma adequada um tratamento precoce, visando uma boa adaptação em sua vida adulta.

Mariana Grenfell afirma que o diagnóstico do TEA pode ocorrer em diferentes idades, mas é comum identificar sinais precoces em crianças. “O aumento da conscientização e pesquisa têm levado a diagnósticos mais precoces, permitindo intervenções mais eficazes. Identificar e intervir durante os primeiros anos de vida pode ter impactos significativos no desenvolvimento”, diz a neurologista.

Saiba mais

Sinais do autismo

- Atraso na Linguagem

Falta de interesse em desenvolver a fala

Atraso significativo na linguagem.

- Dificuldades na Comunicação Social

Falta de contato visual.

Dificuldade em compreender ou usar expressões faciais e gestos.

Pouco interesse em interações sociais.

- Comportamentos Repetitivos

Repetição de movimentos, como balançar as mãos ou o corpo.

Fixação em padrões específicos de brincadeiras.

- Resistência à Mudança

Dificuldade em lidar com mudanças na rotina.

Reações intensas a pequenas alterações no ambiente.

- Interesses Intensos e Específicos

Foco intenso em temas específicos, muitas vezes incomuns para a faixa etária.

Repetição constante de determinados padrões de comportamento ou interesses.

- Dificuldades na Interação Social

Falta de habilidades sociais apropriadas para a idade.

Dificuldade em entender ou responder a emoções de outras pessoas.

“É importante observar que esses sinais podem variar em intensidade e que cada criança é única. Se houver preocupações sobre o desenvolvimento da criança, é aconselhável procurar a avaliação de profissionais de saúde especializados”, destaca o neuropediatra Raphael Rangel.

Importância do diagnóstico

- Intervenção Precoce

O diagnóstico precoce permite o início imediato de intervenções e terapias especializadas. Intervenções precoces têm o potencial de melhorar significativamente o desenvolvimento da criança, especialmente em áreas como linguagem, comunicação e habilidades sociais.

- Acesso a Recursos e Apoio Adequados

Facilita o acesso a recursos educacionais e de suporte específicos para atender às necessidades da criança. Isso inclui programas educacionais especializados, terapia comportamental e outros serviços voltados para o desenvolvimento.

- Compreensão da Família e da Escola

Proporciona uma compreensão mais profunda das características e necessidades individuais da criança. Isso ajuda as famílias a lidar melhor com os desafios e permite que educadores adaptem estratégias para promover o sucesso acadêmico e social.

- Planejamento de Longo Prazo

Profissionais de saúde e educadores podem colaborar com as famílias para criar planos de tratamento e educação de longo prazo. Isso ajuda a estabelecer metas realistas e a ajustar estratégias à medida que a criança cresce.

- Redução do Estigma

Reduzir o estigma associado ao autismo. Isso promove uma maior compreensão, tanto na comunidade quanto na escola, contribuindo para um ambiente mais inclusivo.

Fonte: Raphael Rangel, neuropediatra.

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