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Cidades

Vacina contra a dengue deve chegar ano que vem no ES

Imunizante desenvolvido por fábrica japonesa protege contra quatro sorotipos da doença e é indicado para pessoas entre 4 e 60 anos


Aprovada em março pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina que garante a proteção contra a dengue deve ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) em um ano e meio, ou seja, dezembro do ano que vem.

A informação foi divulgada pelo coordenador da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Daniel Ramos, em debate na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados.

O prazo foi estipulado tendo em vista a espera pelo posicionamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), previsto para setembro, e as questões burocráticas que envolvem a importação.

Mais de 80% dos brasileiros tomam remédio por conta própria

“Essa é a previsão por conta dos trâmites de importação de um lote inicial, mas também de trazer essa tecnologia para a Bio-Manguinhos e a Fiocruz poderem produzir no Brasil”, detalhou o coordenador. Na rede particular, há a expectativa de que o imunizante chegue antes deste prazo,  sem previsão.

O médico infectologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Paulo Mendes Peçanha classificou a vacina como fundamental e citou dois desafios para a incorporação no SUS.

“Primeiro, o SUS tem que elaborar uma estratégia para definir qual será a público-alvo. Por outro lado, um desafio  maior é conseguir a adesão da população. É preciso campanhas de conscientização eficientes”. 

Excesso de tecnologia cria geração de pessoas exaustas

O infectologista da Rede Meridional Luis Henrique Borges concorda que a adesão ainda é um desafio. “O Ministério tenta resgatar o atraso da comunidade em relação às vacinas habituais, já que temos um  déficit na procura. Temos que atualizar esses calendários em nível nacional, e a vacina da dengue seria mais uma a ser incorporada”, lembrou.

O imunizante consiste em uma vacina atenuada (de vírus vivo sem a capacidade de provocar a doença), composta pelos quatro sorotipos que mais circulam no mundo.

Desenvolvida por uma farmacêutica japonesa, a vacina apresentou eficácia de 80% e é indicada para pessoas entre 4 e 60 anos.

Estado já registrou 62 mortes

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), de janeiro até o dia 6 de junho deste ano, 62 pessoas morreram em decorrência da dengue no Estado.

Até esta data, foram mais de 136 mil notificações, sendo 82 mil casos confirmados, 28 mil descartados e outros 25 mil em investigação.

População com mais de 65 anos aumenta no Brasil

Em todo o Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, já são 1,3 milhão de casos prováveis, com 596 mortes confirmadas. 

“Os casos estão aumentando e o número de mortes é altíssimo. As medidas de controle dos focos não têm funcionado como deveriam. A vacina vai complementar as medidas de prevenção e oferecer uma proteção maior à população”, afirmou o médico infectologista e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Paulo Mendes Peçanha.

Diagnosticada três  vezes com a doença

A perfumista Jenyffer Schulthais, de 26 anos, foi diagnosticada com dengue pela terceira vez.

Moradora de Novo Porto Canoa, na Serra, a jovem está sob os cuidados da mãe, em Serra Dourada, na mesma cidade.

Imagem ilustrativa da imagem Vacina contra a dengue deve chegar ano que vem no ES
A perfumista Jenyffer Schulthais |  Foto: Leone Iglesias/AT

“Comecei a sentir os sintomas no sábado e no domingo fui ao médico. Apresentei todos os sintomas tradicionais da doença, principalmente náusea, que não senti nas últimas vezes”, contou.

Jenyffer teve dengue hemorrágica aos 11 anos, quando ficou duas semanas internada, e pegou a doença novamente, de forma mais branda, há cerca de quatro anos. 

“Me sentiria mais segura com a vacina. Se pelo menos ela reduzir os sintomas, já vai ser importante”.

| SAIBA MAIS

A vacina

- Vacina atenuada: Feita com o vírus vivo, mas sem a capacidade de provocar a doença.

- Tetravalente: Composta pelos 4 sorotipos que mais circulam no mundo. 

- Desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda.

- Faixa etária: Indicada para a população entre 4 e 60 anos de idade.

Benefícios 

- Eficácia de 80% durante os estudos clínicos em 12 meses.

- Redução de 90% das hospitalizações.

- Redução de 86% das formas hemorrágicas da doença.

- Proteção de 95% contra o sorotipo 2, o mais comum nas Américas e também o mais grave.

Prazos

- A vacina foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março.

- Ministério da Saúde aguarda o posicionamento oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS), previsto para setembro.

- Prazo de 1 ano e meio para ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

| NÚMEROS

Notificações136.671

Casos confirmados82.339

Casos descartados28.831

Casos em investigação25.501

Mortes62

Fontes: Ministério da Saúde, Sesa e especialistas consultados.

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