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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Conflitos entre medicamentos

Coluna foi publicada nesta terça-feira (26)

Dr. João Evangelista | 26/03/2024, 10:28 10:28 h | Atualizado em 26/03/2024, 10:27

Imagem ilustrativa da imagem Conflitos entre medicamentos
É necessário se atentar às eventuais incompatibilidades entre remédios |  Foto: Canva

Causa-me preocupação receber pacientes carregando sacolas de remédios, recheados com efeitos colaterais. Alguns profissionais prescrevem fármacos específicos da sua especialidade, esquecendo de verificar se há incompatibilidades com outros medicamentos prescritos para idosos e portadores de doenças crônicas.

Existe uma miríade de fármacos indicados para diferentes enfermidades, permitindo não somente o tratamento, mas a prevenção e o diagnóstico de doenças. Entretanto, a associação de várias drogas aumenta as chances da ocorrência de interação medicamentosa.

Relações entre medicamentos costumam gerar respostas especiais de uma droga, que tem seu efeito alterado pela presença de outros fármacos, alimentos, bebidas ou agentes químicos ambientais.

Essas interações podem resultar em potencialização ou redução da propriedade terapêutica, estando relacionadas como a principal causa de efeitos adversos. Convém ressaltar que nem toda interação é nociva ao organismo.

Algumas são benéficas, como aquelas observadas pelo uso de anti-hipertensivos e diuréticos, onde os anti-hipertensivos têm seu efeito aumentado.

Diante de um procedimento de sedação, por exemplo, a associação de hipnóticos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares são necessários, visando manter o estado anestésico do paciente.

Por outro lado, existem interações que podem acentuar os efeitos adversos, resultando em toxidade no tratamento. Associação de álcool com tranquilizantes pode levar o indivíduo ao estado de coma.

Assim sendo, quanto mais medicamentos o paciente utilizar, maiores serão as chances de interações medicamentosas.

Com o funcionamento renal e hepático reduzidos, idosos costumam sofrer interações medicamentosas. Constituição genética, doenças associadas, tipos de alimentação, além das características relacionadas ao próprio fármaco, como vias de administração, doses e intervalos entre as tomadas, também aumentam o risco de agressões farmacológicas.

Medicamentos naturais, como chás e fitoterápicos, podem interferir na ação de um determinado componente. Um exemplo disso é a interação de um antibiótico com a espinheira santa, que reduz a ação do medicamento.

Cita-se, frequentemente, que o álcool reduz ou elimina o efeito dos remédios. Trata-se de uma verdade parcial, já que nem todos os fármacos são afetados pela substância, sendo comum a associação de alguns xaropes com álcool.

Reações entre uma substância e outra podem acontecer nos mais diversos momentos: durante o preparo da droga, absorção, ligação com o receptor específico, distribuição, metabolização ou mesmo eliminação.

Conhecendo as principais características dos fármacos relacionados às interações medicamentosas, profissionais de saúde devem otimizar o tratamento, reduzindo a taxa de reações adversas.

Quando a doença e o medicamento lutam dentro do corpo, vence aquele que é devidamente alimentado. Compreensão sufocada pela incoerência, deságua na decepção.

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