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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Doença de Alois Alzheimer

Coluna foi publicada nesta terça-feira (07)

Dr. João Evangelista | 07/11/2023, 10:04 10:04 h | Atualizado em 07/11/2023, 10:07

Imagem ilustrativa da imagem Doença de Alois Alzheimer
João Evangelista Teixeira Lima é clínico geral e gastroenterologista |  Foto: Arquivo/AT

Septuagenário, com meio século exercendo medicina, ouvi de uma paciente: “Doutor. João, o senhor ainda está lúcido, não é mesmo?!”. “Por enquanto”, respondi. “Quando o senhor estiver com Alzheimer, me avise, ok?”. “Ah, tá... mas, hein?! Como farei isso?!”.

Uma data esquecida aqui, uma palavra que se perde ali. Situações aparentemente corriqueiras podem ser resultado de um período de maior cansaço, por exemplo, mas também pode ser um alerta do cérebro de que nele algo não está indo bem.

Alzheimer é uma doença degenerativa e progressiva, que provoca atrofia do cérebro, levando à demência, cujas causas ainda não foram elucidadas. Acredita-se que haja uma associação entre propensão genética e exposição a fatores ambientais, ainda não reconhecidos.

De maneira progressiva, a doença destrói funções mentais importantes, levando o paciente à demência, um termo usado para indicar que o indivíduo perdeu suas capacidades de raciocínio, julgamento e memória, tornando-o dependente de apoio, nas suas atividades diárias.

No decorrer do processo involutivo da patologia, os neurônios se degeneram e morrem, causando atrofia cerebral e declínio na função mental.

A exata etiologia do Alzheimer ainda é um mistério. Acredita-se que o acúmulo nos neurônios de duas proteínas, denominadas beta-amiloide e tau, seja o fator responsável pelo desencadeamento da doença. 

Como não existe cura para o Alzheimer, o diagnóstico precoce é importante, visando preservar ao máximo a capacidade intelectual e prolongar a qualidade de vida do paciente.

Idade avançada é o principal fator de risco para o desenvolvimento de Alzheimer. Acima de 65 anos, a chance de se desenvolver essa enfermidade dobra a cada cinco anos, fazendo com que 40% das pessoas com mais de 85 anos desenvolvam a doença.

Curiosamente, os pacientes que chegam aos 90 anos sem sinais de Alzheimer apresentam baixo risco de, posteriormente, desenvolvê-lo.

Além da idade, outro fator de risco é a história familiar. Pessoas com parentes de primeiro grau apresentam maior risco de desenvolver Alzheimer, evidenciando um papel importante da carga genética.

Outros fatores também parecem aumentar os riscos de surgimento do Alzheimer, como tabagismo, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, diabetes mellitus e depressão emocional.

Por outro lado, escolaridade elevada, trabalho intelectual, leitura frequente, execução de algum instrumento musical e interação social parecem reduzir o risco de desenvolvimento do Alzheimer.

Quando os lapsos de memória começam a surgir com frequência, como não lembrar do próprio endereço, sair de casa e se perder, esquecer nomes de familiares, entre outros, deve-se acender o sinal de alerta.

É importante lembrar que pequenos esquecimentos são comuns, ocorrendo com qualquer pessoa, principalmente em períodos de cansaço e estresse.

Por isso, de tempos em tempos, é bom esquecer que existe o tempo, para não ser preciso contar os dias da vida.

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