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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

O eterno retorno da dengue

Coluna foi publicada nesta terça-feira (12)

Dr. João Evangelista | 12/03/2024, 10:08 10:08 h | Atualizado em 12/03/2024, 10:08


Imagem ilustrativa da imagem O eterno retorno da dengue
Mosquito da dengue: número de casos no Brasil segue crescendo de forma alarmante desde o início de 2023 |  Foto: Pixabay

Trazida pelos navios negreiros, o primeiro caso de dengue, também chamada “Febre Quebra Ossos”, no Brasil, ocorreu no Recife, em 1685. Desde essa época, sofremos com o descaso dos governantes e da população com relação aos cuidados e prevenção. Acabamos esquecendo quando o coronavírus chegou dizendo a que veio.

Rapidamente relaxamos com a precaução, a prudência e a consciência, sofrendo sérias consequências.

Lá vem a dengue de volta, espalhando febre, eritema, prostração e dores no corpo. Transmitida pela fêmea do Aedes aegypti, um mosquito urbano e diurno que se reproduz em depósitos de água parada, essa virose pode complicar, matando o ser humano.

A doença costuma se manifestar de forma benigna ou maligna, dependendo de alguns fatores. Entre eles estão as cepas virais envolvidas, infecção anterior e presença de doenças pré-existentes, como diabetes, asma, anemias, etc.

Assim que o indivíduo é picado pelo pernilongo, surge uma torturante dor de cabeça. Com o evoluir do quadro, a pele torna-se salpicada por manchas vermelhas, caracterizando a queda de plaquetas na corrente sanguínea.

O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos. Cada pessoa pode contrair todos eles, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade apenas para ele.

A fêmea do mosquito necessita de sangue para conseguir produzir seus ovos, sendo responsável por picar os seres humanos. Para que ocorra transmissão, o Aedes aegypti deve alimentar-se do sangue de uma pessoa doente. Após sugar esse sangue, o vírus invade a glândula salivar do mosquito e o torna infectante.

O pernilongo transmissor da dengue apresenta hábito diurno, sendo encontrado em ambientes urbanos e dentro dos domicílios.

Ele necessita de água parada para sua reprodução, uma vez que após a eclosão dos ovos, as larvas do mosquito desenvolvem-se no meio aquático.

Por necessitar do meio líquido para seu ciclo de vida, o número de mosquitos aumenta nos meses chuvosos, o que eleva os casos da doença. Para evitar a transmissão da dengue, portanto, é importante bloquear a proliferação do mosquito.

A dengue pode se manifestar de forma assintomática, leve ou grave, podendo evoluir para óbito. Por esse motivo, ela não deve ser negligenciada.

Dores abdominais intensas, sensibilidade no abdome, sangramentos, vômitos incoercíveis, confusão mental, sede excessiva, boca seca, dificuldade respiratória e acúmulos de líquidos são preocupantes sinais de alerta.

Não existe tratamento específico para dengue, sendo os medicamentos utilizados apenas para tratar sintomas, como febre e mialgia.

Hidratação e repouso são prioridades. Diante do aparecimento de sinais de alarme, o paciente deve ser internado em hospital.

Vila Velha antiga era ornamentada com riachos, lagoas e bosques, repletos de peixes lebistes e barrigudinhos, sapos, rãs, borboletas, todos se alimentando das larvas dos pernilongos.

Predador da natureza, o ser humano acabou virando “banco de sangue” de mosquito.

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