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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

O paciente com imunossupressão

Coluna foi publicada nesta terça-feira (28)

Dr. João Evangelista | 28/11/2023, 10:36 10:36 h | Atualizado em 28/11/2023, 10:38

Imagem ilustrativa da imagem O paciente com imunossupressão
João Evangelista Teixeira Lima é clínico geral e gastroenterologista |  Foto: Arquivo/AT

“Como vai sua pneumonia?”, pergunta o médico. “Graças ao meu sistema imunológico, estou curado”, responde o primeiro paciente.

“Como está sua artrite reumatoide?”, questiona. “Apesar dos remédios, meu sistema imunológico está acabando comigo”, desabafa o segundo paciente. Conforme a enfermidade, o sistema imune pode agir como aliado do doente ou da doença. No segundo caso, a patologia é considerada autoimune.

O sistema imunológico garante proteção ao corpo, evitando, por exemplo, que substâncias estranhas e patógenos afetem negativamente a saúde. Quando sua função está reduzida, surge um problema chamado imunossupressão.

Convém ressaltar que a imunossupressão não é causada apenas por doenças. Na verdade, indivíduos que receberam transplante de órgão, que realizam determinados tratamentos ou que usam alguns remédios que afetam o funcionamento adequado do sistema imune também se enquadram nessa condição.

Imunossupressão é a redução da resposta imune em virtude do uso de certos medicamentos, enquanto imunodepressão é a queda da imunidade. Neste caso, é causada por algumas doenças, tais como o HIV, doença renal crônica ou cânceres.

Em algumas situações, o paciente pode ser imunossuprimido para tratar algumas doenças, como o mieloma múltiplo, por exemplo, ou por algumas condições médicas específicas, como receber transplante de órgão. Situações de imunossupressão temporária podem ocorrer após alguns tratamentos quimioterápicos e uso de determinados medicamentos.

Vale lembrar que o sistema imunológico é responsável por proteger o organismo humano contra invasores, como vírus, bactérias, fungos e protozoários. Na maioria das vezes, o sistema tende a ser bastante eficiente, o que reduz o risco de pessoas desenvolverem graves complicações para doenças consideradas simples. Em alguns casos, nem a prescrição de remédios é necessária.

Perante pacientes imunossuprimidos, ameaças que seriam normalmente eliminadas pelo corpo, antes de se manifestarem, têm um maior risco de causarem complicações. Este é o caso da influenza, por exemplo, onde aumenta a probabilidade de os indivíduos desenvolverem a Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Em caso de transplante, por exemplo, o paciente deve utilizar medicamentos por toda a vida, visando a rejeição do novo órgão ou tecido. Naturalmente, a tendência do corpo é de rejeitar o “invasor” e atacá-lo com anticorpos. Por isso, são prescritas medicações imunossupressoras. Em outras palavras, o remédio enfraquece o sistema imune, mas permite que o órgão seja aceito.

É importante salientar que, sem poder contar com o sistema imunológico, o paciente imunossuprimido deve adotar medidas para prevenção de infecções, como evitar aglomerações, usar máscaras descartáveis e lavar as mãos frequentemente.

Diante de certas doenças imunológicas, torna-se necessário matar a defesa, em legítima defesa. É preciso ser ovelha em pele de lobo para lidar com o lobo em pele de cordeiro.

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