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Economia

Maioria dos aposentados no ES trabalha, aponta pesquisa

Aumentar renda para comprar alimentos e remédios, ajudar família ou ter ocupação para sentir-se útil e fugir da depressão são motivos


A maioria dos aposentados do Estado trabalha atualmente. É o que revela uma pesquisa feita pela Universidade Vila Velha (UVV) a pedido de A Tribuna. O estudo, respondido por aposentados a partir de 60 anos, mostra este comportamento por diferentes motivos.

A maior parte respondeu que trabalha para complementar a renda e arcar com remédios, alimentação e tratamentos de saúde, além de ter renda extra para ajudar a família ou ter uma ocupação, sentir-se útil e não ficar inativo.

A pesquisa, coordenada pelo professor da UVV Fabrício Azevedo, foi feita entre 28 de março e a última terça-feira de forma on-line, sendo respondida por 253 idosos, a maioria da Grande Vitória.

Segundo Jânio Araújo, coordenador-geral do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos no Estado (Sindnapi-ES), a grande maioria dos aposentados trabalha por necessidade, mas outros porque se veem em condições de contribuir e ocupar o tempo.

“Nesses casos, é muito bom e saudável. Desde que seja um trabalho à altura do momento físico e mental, a gente apoia”, frisou.

A questão da longevidade é destacada pela diretora da Center RH Eliana Machado.

“Eles se aposentam, mas estão bem, com seus 60, 65 anos. Ainda estão ativos, e isto faz com que queiram permanecer no mercado de trabalho. Tem também o profissional que prefere voltar ao mercado, porém numa nova área. Às vezes naquela que sempre sonhou ou montar o próprio negócio.”

O aumento da longevidade é reforçado pelo CEO da Heach RH, Elcio Paulo Teixeira. “Hoje se vive mais e melhor. Consequentemente, os profissionais querem se manter mais tempo de forma produtiva, dando sua contribuição, pois tudo isso tem um valor de reconhecimento e senso de utilidade que faz uma enorme diferença para o bem-estar dos mesmos”, explicou.

O professor Fabrício Azevedo enfatizou que o resultado da pesquisa vai ao encontro de que a complementação de renda é importante, visto que remédios e planos de saúde são muitos caros:

“Há casos em que remédios e planos de saúde consomem quase toda a renda. Em outras palavras, o salário fica restrito e é muito pequeno para suprir essa demanda de saúde, que é muito grande.”

Não larga o batente

Imagem ilustrativa da imagem Maioria dos aposentados no ES trabalha, aponta pesquisa
Marlenor Dantas segue trabalhando mesmo após se aposentar |  Foto: Fábio Nunes/AT

Mesmo aposentado há 16 anos, o gerente de supermercado Marlenor Dantas, 67 anos, não larga o batente, e destaca que sempre trabalhou em supermercados, em diferentes funções, durante toda sua trajetória. Ele, que trabalha em uma unidade no centro de Vila Velha, conta os motivos para seguir na ativa.

“Até quando Deus permitir, vou estar trabalhando. Desde que assinei a carteira pela primeira vez foi para trabalhar em supermercado. Mas é uma forma de complementar minha renda, já que o benefício não é suficiente, infelizmente”, disse.

“Preciso complementar a minha renda”

Imagem ilustrativa da imagem Maioria dos aposentados no ES trabalha, aponta pesquisa
Dolores se aposentou em 2016, mas segue atuando |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Dolores Breda, de 58 anos, se aposentou em 2016 em seu primeiro emprego, na área de contabilidade, e na época foi desligada da empresa por contenção de despesas. Mas, em 2022, a empresa a convidou a retornar, atuando por home office.

“Preciso de um complemento de renda, tenho dois filhos gêmeos de 35 anos que são especiais, e como recebo mais de um salário de aposentadoria não consegui nenhum beneficio para eles. Mesmo quando saí da empresa, trabalhei em outras atividades para ter o complemento.”

De volta à ativa após parar 

Imagem ilustrativa da imagem Maioria dos aposentados no ES trabalha, aponta pesquisa
Orlandina Santos voltou a trabalhar após se aposentar |  Foto: Acervo pessoal

Aposentada desde 2009, Orlandina Santos, de 68 anos, trabalhava nas áreas administrativa e de contabilidade, quando se aposentou, voltou a trabalhar e depois parou de novo. E desde o fim de 2022 está trabalhando como embaladora de mercado, para se ocupar e também ter uma renda a mais.

“Muitos aposentados vão fazer ginástica, hidroginástica, crochê, mas não eram muito a minha ‘praia’, então entrei nesse serviço. Sou muito bem acolhida desde o início, pelos superiores e pelos colegas mais novos”, contou.

A PESQUISA

1 - O senhor (a) continuou a trabalhar após a aposentadoria?

- Sim: 40,1% 

- Não: 40,1%

- Cheguei a parar de trabalhar, mas preferi retomar alguma atividade: 19,8%

2 - Por que motivo o senhor (a) trabalha?

(pode marcar até duas opções que sejam mais adequadas)

- Preciso de renda extra para ajudar minha família: 24,3%

- Voltei a trabalhar para ter uma ocupação, sentir-me útil e não ficar inativo: 44,1%

- Sentia-me deprimido e melancólico sem ter uma ocupação e por isto retomei: 10,2%

- Preciso de mais dinheiro do que o benefício que recebo para arcar com meus remédios, alimentação e tratamentos de saúde: 64,4%

3 - Qual o desejo de consumo do sr. (a) para este ano?

(pode marcar até três opções)

- Fazer uma viagem pelo País: 61,7%

- Fazer uma viagem pelo exterior: 53,8%

- Comprar um novo carro: 32,4%

- Comprar uma casa nova: 12,3%

- Reformar a casa: 18,2%

- Ajudar a família a resolver seus problemas: 83,4%

- Comprar novos eletrodomésticos: 22,1%

- Comprar um novo celular: 10,3%

- Fazer um curso de qualificação: 5,9%

4 - O senhor (a) está satisfeito com as oportunidades de trabalho oferecidas para as pessoas mais idosas?

- Não: 54,8%

- Sim: 45,2%

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