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Economia

Mercado de trabalho: relação próxima entre chefia e empregado

Empresas encaram o desafio de trabalhar com pessoas de diversas idades


Imagem ilustrativa da imagem Mercado de trabalho: relação próxima entre chefia e empregado
O empresário Benhur Sullivan criou a Escola de Líderes e promoveu Ana Karolina de Almeida |  Foto: Divulgação

A relação entre chefia e subordinados também é um aspecto que vem ganhando a atenção dos gestores em relação às aspirações da Geração Z, os nascidos entre 1995 e 2010.

Com a presença ainda majoritária de pessoas mais velhas nos cargos de liderança nas empresas, a percepção hierárquica é um motivo de conflito geracional, apontou a gerente de Recursos Humanos (RH) da Center RH, Eliana Machado, que reconhece uma impaciência de ambas as gerações.

“Muitas vezes, elas não conseguem entender que aquela pessoa que está na supervisão teve uma outra formação, em um outro momento, e não querem atender a essa hierarquia que é necessária e ainda existe dentro das empresas”, comenta.

As empresas familiares, que são a maior parte entre as de médio e pequeno porte e com algumas de grande porte, são apontadas por Eliana como os exemplos mais concretos de desafio geracional.

“É uma insatisfação porque a empresa está arcaica, com mesmas formas de trabalho, ou por terem ideias e não conseguirem implementar. Acaba, com isso, que as empresas não retêm essas pessoas”, afirma.

Embora a necessidade de mudanças seja cada vez mais forte, esse processo demanda custos, que acabam sendo colocados em segundo plano por essas corporações. Os motivos vão desde achar que o modelo adotado é o que está dando certo ou por não reconhecer o valor do investimento.

A empresa do setor automotivo Macrolub, de Linhares, é um ponto fora da curva nessa questão. Com apenas 25 anos, Ana Karolina de Almeida Haraguth foi o motivo para que seu chefe, o empresário Benhur Sullivan, criasse um programa nomeado de “Escola de Líderes”, destinado a desenvolver as habilidades de liderança da próxima geração dentro da empresa.

“Recentemente tive a oportunidade de orientar uma colaboradora talentosa, cujos resultados surpreendentes resultaram em sua promoção para o cargo de supervisora administrativa”, comentou.

E o resultado fez Ana encarar o ambiente como mais inclusivo, que vai além da superficialidade.

“Essa abertura à pluralidade cria um ambiente inspirador e inovador, o que me motiva a permanecer e a almejar crescimento aqui. Empresas que entendem as necessidades e aspirações da nossa geração estão melhor posicionadas”, disse a jovem.

Geração Z quer ter tempo

Um estudo feito pela plataforma Visier, que analisa perfis profissionais, aponta que jovens da geração Z (até 29 anos) estão trocando cargos de liderança por mais tempo livre.

O levantamento realizado em 2023 com 1.000 funcionários em tempo integral nos Estados Unidos mostra que 91% dos funcionários liberais não querem se tornar gestores de pessoas devido a expectativas de aumento de estresse e pressão ou simplesmente satisfação com suas funções atuais.

Lidar com a pressão no ambiente de trabalho é uma das preocupações desses jovens, como apontou a doutora em Psicologia Maria Rita Sales, devido a uma busca pela qualidade de vida.

“Como nem todos precisam trabalhar, nas famílias que têm boas condições, os pais reforçam que, se for para perderem a saúde mental, é melhor que fiquem em casa. Com isso, eles acabam recusando oportunidades”, diz.

Como efeito, vagas acabam deixando de ser preenchidas até 15 anos, conta a doutora. A psicóloga questiona o impacto dessa orientação dos pais na formação da conduta profissional e das habilidades psicológicas dos filhos.

“Você fica pensando em que momento os pais não estão deixando de propiciar situações para que os filhos se fortaleçam e possam enfrentar os desafios da rotina com mais leveza”, comenta.


Análise

“Bem conectado a laços afetivos”

Imagem ilustrativa da imagem Mercado de trabalho: relação próxima entre chefia e empregado

A geração Z tem características muito especificas, que se destacam em especial pela hiperconectividade, e como consequência o alto consumo de informação on-line, que está bem conectado a laços afetivos mais frágeis do que as gerações anteriores.

Essa geração também tem a necessidade de respostas rápidas, de ter fala e escuta ativa, de estar ligada a causas sociais e à sustentabilidade.

Todos esses pontos são importantes para que as empresas que buscam profissionais dessa geração possam se adequar a eles.

Ao mesmo tempo que o mercado tem que se reinventar para atrair e reter profissionais da geração Z, esses jovens podem dar contribuições significativas para o negócio e podem também aprender bastante com a gerações anteriores. Todas as gerações têm contribuições significativas.

Para as empresas, o importante é entender os desafios e as vantagens de trabalhar com a diversidade geracional e atuar para integrar e extrair o melhor de cada geração.

- Elcio Paulo Teixeira, especialista em Recursos Humanos

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