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Cidades

Estudantes de escola em Pernambuco desenvolvem fralda biodegradável por R$ 1,40

Projeto, batizado de “EKOfraldas”, foi concebido na ETE Professor Paulo Freire


Imagem ilustrativa da imagem Estudantes de escola em Pernambuco desenvolvem fralda biodegradável por R$ 1,40
O projeto, chamado de "EKOfraldas", destacou-se como um dos 10 finalistas do Prêmio Solve for Tomorrow, que promove a produção científica e tecnológica entre estudantes de escolas públicas |  Foto: Divulgação

Cinco alunos da Escola Técnica Estadual (ETE) Professor Paulo Freire, em Carnaíba, Sertão do Estado, desenvolveram o protótipo de uma fralda infantil biodegradável com custo de apenas R$ 1,40.

O projeto, chamado de "EKOfraldas", destacou-se como um dos 10 finalistas do Prêmio Solve for Tomorrow, que promove a produção científica e tecnológica entre estudantes de escolas públicas, incentivando a criação de soluções inovadoras para desafios locais e globais.

A fralda inovadora consiste em um short de algodão reutilizável preenchido por cartuchos absorventes feitos a partir de casca e fibra de coco, além de plástico biodegradável, revestidos por um tecido de algodão.

“Esses cartuchos são capazes de absorver os líquidos e dejetos sólidos liberados pela criança. Dessa forma, quando ela utilizasse a nossa fralda, seria necessário apenas trocar os cartuchos”, explica o professor Gustavo Bezerra, orientador do projeto.

Imagem ilustrativa da imagem Estudantes de escola em Pernambuco desenvolvem fralda biodegradável por R$ 1,40
Rafaella Queiroz, Raissa Oliveira, Shayane Gomes, Jhonnata Diogo Lopes e José Henrique Rocha, alunos do 2º ano do curso de Redes de Computadores, foram provocados a identificar um problema social e apresentar uma solução prática e viável para resolvê-lo |  Foto: Divulgação

O short de tecido, com velcro e elásticos reguláveis, tem custo médio estimado em R$ 1. Já o cartucho descartável, protegido pelo tecido para evitar o contato com o bebê e o risco de alergias, tem custo de R$ 0,40. O plástico biodegradável e a fibra do coco são produzidos no laboratório da própria escola.

As EKOfraldas surgiram a partir de uma disciplina eletiva focada na implementação das abordagens STEAM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), em que os alunos buscam desenvolver soluções a partir de conhecimentos integrados dessas áreas do conhecimento.

Rafaella Queiroz, Raissa Oliveira, Shayane Gomes, Jhonnata Diogo Lopes e José Henrique Rocha, alunos do 2º ano do curso de Redes de Computadores, foram provocados a identificar um problema social e apresentar uma solução prática e viável para resolvê-lo.

“O grupo chegou ao problema causado pelas fraldas descartáveis. Não apenas no aspecto econômico, devido ao preço cada vez maior desse produto, mas também no aspecto ambiental, devido ao problema gerado pelo descarte desses produtos após a sua utilização, que ficam na superfície terrestre por cerca de 450 anos até sua decomposição”, conta o professor orientador. A equipe também contou com o apoio da professora Carla Robecia no desenvolvimento do projeto.

INSPIRAÇÃO

O tempo de decomposição das fraldas convencionais, de plástico, motivaram o grupo a buscar uma alternativa sustentável para o problema, mas os alunos também foram buscar inspiração na família para a concepção do projeto.

“Tanto eu quanto a Rafaella temos primos pequenos e, a partir daí, a gente pensou em como fazer com que essa fralda fosse produzida de forma barata, para que fosse acessível à população e não prejudicasse o meio ambiente tanto quanto as outras”, conta José Henrique Rocha, um dos integrantes do grupo.

A fralda desenvolvida pelos alunos da ETE cumpriu os dois objetivos iniciais. Além do preço reduzido de fabricação, o processo de decomposição da parte biodegradável do produto, segundo os testes realizados, já começa após sete dias em contato com o solo e a água. Nesse cenário, o produto demora em média um ano para se decompor completamente.

CONQUISTAS E PRÓXIMOS PASSOS

O projeto das EKOfraldas já foi apresentado em eventos científicos como o Ciência Jovem, realizado pelo Espaço Ciência de Recife e o Solve for Tomorrow, em que foi finalista.

“Participar do Solve for tomorrow foi muito importante, não apenas por ter a experiência de ir a São Paulo apresentar o nosso projeto, mas por toda a mentoria, que contribuiu para o aprimoramento da nossa pesquisa”, avalia o professor Gustavo. José Henrique também acredita que os conselhos dos avaliadores ajudam a impulsionar o projeto.

“Durante as feiras e apresentações, a gente foi conversando com os avaliadores, entendendo como a gente poderia melhorar, tanto na qualidade quanto economicamente falando, baixar o preço para que fosse mais acessível para as pessoas”, comenta o estudante.

Pela boa classificação no Solve for Tomorrow, o grupo foi premiado com tablets e notebooks, mas Gustavo acredita que a conquista envolve muito mais que bens materiais.

“Claro que a gente fica alegre com os prêmios conquistados, mas sabemos que a maior premiação pra gente foi desenvolver um projeto de alta qualidade em uma escola pública no interior de Pernambuco e ficar entre os dez finalistas em um prêmio com cerca de 2.300 inscrições”, afirma.

Agora, o projeto parte para uma nova etapa: a realização de testes microbiológicos e testes de alergia do produto. Para isso, estão sendo estudadas parcerias com empresas e centros universitários, que permitirão o avanço ainda maior da pesquisa.

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