Polícia prende servidores do TJPE suspeitos de corrupção
Crime envolvia produção de alvarás falsos com valores a receber e lavagem de dinheiro
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou nesta quinta-feira (25) uma operação para prender seis suspeitos de corrupção, comunicação falsa de crime, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica praticados no âmbito do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
Os crimes foram denunciados pelo próprio TJPE, que em nota informou que "tão logo cientificada dos supostos desvios praticados à época pelos servidores, a Corregedoria Geral de Justiça estadual direcionou o caso à Divisão de Investigação e Apuração do TJPE, que, após aprofundamento das investigações e diante de provas contundentes de ilícitos penais, articulou o direcionamento do caso ao DRACCO [ Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado, da Polícia Civil".
O TJPE informou ainda que, entre os presos estão servidores do Poder Judiciário que estariam relacionados à falsificação e à expedição indevidas de alvarás. Dois desses servidores já estão com decisão administrativa de demissão, diz o Tribunal.
COMO ERA O CRIME
A quadrilha utilizava o certificado de uma juíza aposentada para expedir alvarás falsos com valores a serem recolhidos. O dinheiro das ações judiciais eram transferidos para conta de laranjas, pessoas que não tinham nada a ver com o processo, e que repartiam com a quadrilha os valores desviados. A magistrada não tinha conhecimento dos crimes praticados com o nome dela.
A Justiça também determinou o sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros de pessoas da quadrilha. A polícia apreendeu carros e outros objetos de valor, como joias, relógios e bolsas de grife.
A investigação começou em outubro do anos passado e os mandados de prisão foram cumpridos nesta quinta-feira (25) nas cidades pernambucanas de Recife, Gravatá, Afogados da Ingazeira, Iguaraci e Sairé, além de uma cidade da Paraíba.
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