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Polícia

Vigilante do Hospital da Restauração morreu uma hora antes de se aposentar

Paciente também atirou em outros dois vigilantes, em paciente e fez motorista de ambulância de refém



Após perseguição, atirador do Hospital da Restauração leva chutes e é morto por vigilante Divulgação

O vigilante Nivaldo Bezerra dos Santos, 66 anos, que trabalhava no Hospital da Restauração, morreu baleado uma hora antes de se aposentar nesta sexta-feira (26). Ele foi atingido por três tiros, a queima roupa, por volta das 5h. Seu turno encerraria às 6h.

Nivaldo foi assassinado pelo paciente, que ainda atirou em outros dois profissionais de vigilância, disparou contra outro paciente internado e fez um motorista de ambulância de refém. 

Nivaldo faleceu após os tiros dentro da unidade hospitalar. Ele estava no último dia de plantão e sua família o aguardava em casa porque ele iria se aposentar. O crime está sendo investigado pela delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa. Várias pessoas já prestaram depoimentos nesta manhã e início da tarde.

Imagem ilustrativa da imagem Vigilante do Hospital da Restauração morreu uma hora antes de se aposentar
Vigilante Nilvado Bezerra morreu ao tentar tirar a arma de paciente no Hospital da Restauração |  Foto: Divulgação

“Sua família o aguardava em casa há pouco menos de uma hora para ele largar, porque isso ocorreu por volta de 5h e ele largaria às 6h horas. Seria o último plantão de sua vida com segurança privada e ele ia ver sua companheira de idade”, declarou o advogado do Sindicato dos Vigilantes, Eduardo Morais. Ele contou sobre as expectativas de Nivaldo, que estava sendo esperado pela mulher para comemorar a aposentadoria.

Segundo testemunhas reveleram no início da tarde, o número de pessoas atingidas por tiros do paciente, que ainda não teve o nome revelado, foi maior. Após sair do hospital, depois de tomar a arma de uma vigilante por meio de golpe em seu gogó efetuar disparos em mais dois vigilantes (um deles protegido pelo colete e outro atingido na mão), o atirador fez o motorista de uma ambulância de refém, sendo perseguido pelos profissionais de segurança privada.

O Grupo de Ações Táticas Especiais (GAT) foi acionado, mas não chegou a tempo, segundo o advogado. E o paciente foi morto por um dos vigilantes.

“Os vigilantes o alcançaram, porque o motorista da ambulância, com muito medo, jogou a ambulância em cima da calçada e saiu correndo. Ele (o criminoso) ao invés de descer se rendendo não, desceu atirando nos vigilantes que vinham acompanhando a ambulância”, declarou o delegado, em defesa dos seus clientes.

Segundo Eduardo Morais, o homem estava disposto a cometer um massacre. O advogado acredita que os vigilantes são os "heróis" e não vilões. I

O vídeo que circula nas redes sociais não traz a cena completa da morte do criminoso. Segundo o advogado, em depoimento à polícia, o vigilante que primeiro atirou nele foi o mesmo que levou um tiro no Hospital da Restauração, tendo sido protegido pelo colete à prova de balas. O homem, de nome não revelado, colocou a mão no peito por sentir dor e um de seus colegas pensou que ele tinha sido novamente atingido.

“O seu companheiro, vendo toda a cena, acreditou que ele teria sido atingido, porque ele (o atirador) efetuou dois disparos em direção ao vigilante que o acertou. Esse terceiro vigilante que efetua o disparo quando ele já está no chão, porque, ao se aproximar dele, observa que a arma de fogo subtraída no primeiro andar da restauração estava em sua mão e ele esboçou uma reação”.

Paciente baleado diz que atirador avisou que já tinha matado nove pessoas

De acordo com um paciente baleado no ombro direito, que pediu anonimato, depois de roubar a arma, o paciente tinha feito ameaças dentro da ala hospitalar onde se encontrava e dito que precisava sair. O atirador havia sido internado com fortes dores de coluna.

“Ele tirou o revólver da cartucheira da vigilante. Depois, Nivaldo, que veio a óbito, se agarrou com ele, ai eu gritei: faça isso não! Está fazendo isso por quê? Ele já virou o revólver para mim e atirou no meu ombro (o tiro pegou de raspão). Foi um corre corre, o povo todo agoniado porque ele estava ameaçando, dizendo que queria ir embora, dizendo que ia matar quem se aproximasse, que não tinha medo porque já tinha nove homicídios nas costas”, declarou o rapaz que levou um tiro no ombro.

Vigilantes chutam atirador, que desce da ambulância, e um deles atira

Um dos vigilantes que perseguiu e atirou no paciente que fugiu do Hospital da Restauração, na zona Central do Recife, foi indiciado por homicídio privilegiado. O indiciamento com esta qualificação se dá quando a autoridade policial não tem certeza se o autuado cometeu homicídio por legítima defesa sob forte emoção ou excesso de legítima defesa.

A morte do atirador ocorreu na Avenida Agamenon Magalhães, nas imediações do Derby. Ele levou chutes dos vigilantes e, por fim, um tiro. À Polícia Civil, os vigilantes declararam que o homem desceu atirando da ambulância.

Neste momento do inquérito, segundo o advogado, não cabe a ampla defesa e o contraditório. “Eles ficaram em dúvida se existiu uma legítima defesa ou um excesso da legítima defesa e isso culminou com a autuação flagrante.O vigilante foi autuado por homicídio privilegiado, desencadeando fortes emoções que culminou com o disparo. Essa é a versão dita pela autoridade policial para justificar a autuação flagrante. Para nós, não. Trata-se de uma legítima defesa de si próprio e de terceiro. O criminoso que estava disposto a cefar várias vidas dentro da Restauração”

Policiais recolheram armas e hospital funciona normalmente

A polícia militar apreendeu quatro armas, sendo uma delas usada pelo atirador e outras três por vigilantes. “As investigações estão sendo realizadas pela Polícia Civil. Apesar da consternação de toda a equipe, o hospital está funcionando normalmente”, disse o diretor do hospital, Petrus Andrade Lima. Segundo o diretor do hospital, o paciente não chegou sob custódia. Ainda não são conhecidas as motivações de tamanha violência.

O diretor informou que, na unidade hospitalar, há 66 vigilantes contratados. Cerca de 15 ficam no plantão noturno.

Segundo o delegado da Força-Tarefa, Victor Leite, as investigações serão efetuadas para descobrir como “se deu toda essa tragédia”.

Veja mais informações em reportagem completa de Rafaella Pimentel e Carlos Simões, exibida no Jornal da Tribuna, canal 4.1/Band, sob o comando de Moab Augusto.


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