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Polícia

Golpista que se passava por delegado da Polícia Federal é preso no ES

Organização criminosa aplicava golpes em pessoas interessadas em comprar armas de fogo. Além disso, os suspeitos ainda planejavam roubar um banco


Imagem ilustrativa da imagem Golpista que se passava por delegado da Polícia Federal é preso no ES
Homero Vieira de Almeida |  Foto: Divulgação / PCES

Foi preso pela Polícia Civil do Espírito Santo o líder de uma organização criminosa que aplicava golpes em pessoas interessadas em comprar e obter porte de armas de fogo. Homero Vieira de Almeida agia com a esposa e outros comparsas e se passava por delegado da Polícia Federal. Entre os clientes que sofreram o golpe estão policiais, militares e civis, do Brasil inteiro. 

As vítimas que queriam comprar o armamento tinham prejuízo que chegavam a 45 mil reais. Para que o dinheiro não entrasse todo na conta dele, o suspeito trabalhava com diversos comparsas considerados "laranjas".

Segundo a polícia, Homero pagava 500 reais por mês para quem abrisse uma conta em seu nome e entregasse os dados para ele, para que ele pudesse gerir e receber dinheiro por meio delas.

Para convencer possíveis clientes, o investigado se dizia delegado da Polícia Federal ou se passava por representante de fábricas italianas de arma de fogo.

Durante a investigação, a polícia apurou que Homero movimentou em menos de um ano por volta de R$ 820 mil reais com os atos criminosos. "Ele movimentava esse dinheiro através da empresa da mulher dele, Mayra", contou o delegado Alan Andrade, titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa) na época da investigação.

INVESTIGAÇÃO

A Polícia Civil chegou até o suspeito após uma agência bancária de Campo Grande, em Cariacica, entrar em contato com a delegacia e denunciar que havia duas pessoas no local tentando fazer um saque que, segundo o sistema de segurança do banco, seria fruto de fraude. Na ocasião, Homero também se identificou como policial federal. Ele estava com um de seus comparsas. 

Imagem ilustrativa da imagem Golpista que se passava por delegado da Polícia Federal é preso no ES
Homero e o comparsa no momento em que tentam pegar empréstimo bancário em Cariacica |  Foto: Divulgação / PCES

"A partir disso nós começamos a investigar o Homero. Nós conseguimos prender ele no dia 29 de fevereiro. Com ele estava um veículo do luxo, uma Land Rover em nome dele, vários aparelhos celulares, cartões de crédito inúmeros em nome da esposa dele e começamos a analisar os dados contidos nesses aparelhos celulares dele", disse o delegado.

Foi descoberto que o suspeito se passava por representante de duas marcas de armas de fogo da Itália. Ele anunciava a venda do armamento com valor abaixo do mercado e tinha como clientes principalmente policiais – civis e militares – colecionadores, reservistas e atiradores esportivos. As armas, porém, não eram de fato entregue aos compradores.

Além de aplicar golpes em possíveis compradores de armas, Homero também enganava pessoas interessadas em ter direito de porte de armas, cobrando valores para adiantar o processo. "Ele falava assim: 'me dá 15 mil reais que eu vou adiantar para você, tem um delegado lá dentro que trabalha para mim'", contou o delegado.

Além disso, de posse dos dados dos policiais, que enviavam fotos de suas carteiras funcionais, o suspeito vendia esses dados – incluindo endereços e identificação – em um grupo do PCC, considerada a maior organização criminosa do Brasil. O fato, segundo a polícia, coloca em risco a vida desses policiais. 

"A gente também conseguiu ver que nesse mesmo grupo do PCC ele estava querendo armar um assalto a banco aqui no estado do Espírito Santo", contou o delegado. O plano era angariar comparsas para praticar o crime, que já tinha até uma agência bancária específica como alvo. 

OUTROS GOLPES

Além disso, o suspeito também criou uma empresa fictícia e oferecia vagas de emprego falsas, conseguindo dados de pessoas interessadas no trabalho e também utilizando para fins criminosos. "De posse do gov.br dessas pessoas, ele acessava a vida da pessoa, pegava todos os documentos, contratava empréstimos, fazia assinatura digital em documentos, acabava com a vida da pessoa", detalhou o delegado.

O suspeito também vendia esses dados em grupos de WhatsApp de pessoas especializadas em clonagem de cartão de crédito. Em outro golpe, o suspeito pedia para esses candidatos a emprego enviarem vídeos dizendo que receberam o armamento corretamente, com a desculpa que seria para testar a voz do candidato. Os vídeos, porém, eram utilizados posteriormente para enganar novos clientes.

A investigação foi encerrada e Homero permanece preso. Já a mulher dele, Mayra, e o comparsa identificado na agência bancária também devem responder pelos mesmos crimes que o líder da organização.

Homero vai responder pelos crimes de estelionato e estelionato digital, associação criminosa, falsa comunicação de crime e lavagem de dinheiro na modalidade ocultação de bens. 

Veja outras fotos divulgadas pela Polícia Civil:

  • Câmera 1/2
    Homero dirigindo Land Rover apreendida no dia de sua prisão
    Fullscreen
  • Câmera 2/2
    Veículo apreendido na ação da polícia
    Fullscreen
  • Golpista que se passava por delegado da Polícia Federal é preso no ES
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