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Saúde

Cientistas testam spray para problemas de sono

Estudo mostra que spray nasal pode ser capaz de reduzir as pausas na respiração e melhorar a pressão arterial no dia seguinte


Imagem ilustrativa da imagem Cientistas testam spray para problemas de sono
A atividade física regular é a forma encontrada pela policial militar Marlene Lopes dos Santos, de 48 anos, para manter boa qualidade do sono. O profissional de Educação Física Christian Rosa também destacou o benefício da atividade para o sono, inclusive com artigos publicados sobre o tema. |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Muito além do incômodo do ronco alto, a apneia do sono é uma doença grave, caracterizada pela interrupção da respiração durante as noites.

Na busca por novas “armas” contra a doença, um novo estudo clínico com um spray nasal mostrou ser capaz de reduzir as pausas na respiração e melhorar a pressão arterial no dia seguinte em 70% dos pacientes avaliados.

O tratamento para casos da chamada Apneia Obstrutiva do Sono, em casos mais graves, consiste principalmente no uso de máscara de pressão positiva (CPAP), que ainda esbarra na dificuldade de alguns pacientes em se adaptarem ao aparelho.

Imagem ilustrativa da imagem Cientistas testam spray para problemas de sono

O estudo clínico, feito com 10 pacientes com apneia obstrutiva do sono grave, mostrou que sete pessoas responderam ao spray nasal bloqueador dos canais de potássio.

Para os autores da pesquisa, os resultados fornecem um caminho potencial para o desenvolvimento de novas soluções terapêuticas para as pessoas com apneia, que não conseguem tolerar máquinas de CPAP, por exemplo.

A pneumologista e especialista em Medicina do Sono, Jéssica Polese, enfatizou que existe hoje uma “força-tarefa” no mundo para buscar outras opções de tratamento para a apneia do sono.

Sobre o estudo australiano, publicado recentemente, ela destacou que o teste foi realizado com um número reduzido de pacientes. “Ainda é cedo para falar no potencial disso”.

Ela destacou, no entanto, que uma série de novidades têm sido esperadas ou têm chegado ao mercado. “Temos vários trabalhos voltados para fortalecer o tônus na região das vias aéreas. Entre eles, tem uso de laser, de estímulos elétricos, medicamentos orais, por exemplo”.

A médica especialista em Medicina do Sono, Simone Prezotti, reforçou que as notícias sobre medicamentos para tratamento de apneia sempre criam interesse.

Imagem ilustrativa da imagem Cientistas testam spray para problemas de sono

“O CPAP continua sendo o melhor tratamento para apneia, mas ninguém gostaria de ter que usá-lo. Se houvesse algo mais fácil, seria melhor. No entanto, um estudo com 10 pacientes não quer dizer muita coisa. Certamente mais estudos serão necessários”.

A neurologista da Rede Meridional, Mariana Grenfell, pontuou que a resposta positiva do estudo australiano não significa que a eficácia do spray nasal seja taxativa.

Além do número de pacientes, ela ainda observa que o estudo foi feito durante período curto, por quatro semanas, com aferição da pressão arterial somente na manhã seguinte.

“Apesar de problemas do estudo, um ponto positivo é a busca por uma alternativa ao CPAP. O aparelho é muito eficaz para quem faz o uso. No entanto, ainda é motivo grande de descontinuidade do tratamento, já que muitos não se adaptam”.

Imagem ilustrativa da imagem Cientistas testam spray para problemas de sono

Os números

- 30% da população adulta sofre com apneia do sono

- 7 pacientes entre os 10 pesquisados tiveram redução dos episódios de pausas na respiração após o uso do spray nasal, durante a pesquisa

Saiba mais

Apneia do Sono

É uma doença grave, causada por um distúrbio respiratório durante o sono.

Caracteriza-se por pausas na respiração devido a obstruções nas vias aéreas ou a falhas no controle cerebral da respiração.

Pessoas com apneia do sono frequentemente têm vários problemas como sonolência diurna, dificuldade de concentração, diminuição de oxigênio durante o sono, pausas na respiração, despertares súbitos com engasgos e aumento do risco à saúde cardiovascular.

Gravidade

É considerada grave quando as paradas respiratórias ocorrem mais de 30 vezes por hora de sono.

porém, a partir de cinco eventos por hora e na presença de sintomas se faz necessária a avaliação especializada.

Tratamento hoje 

É individualizado, dependendo do grau de comprometimento e das condições clínicas do paciente.

Em pacientes com sobrepeso, por exemplo, é indicado a perda de peso e atividades físicas. Além disso, é indicado evitar o uso de álcool e tabaco, principalmente antes de dormir.

Já para pacientes em quadro moderados a grave, o tratamento pode ter auxílio de aparelho como o CPAP, considerado “padrão ouro”. O aparelho compressor de ar silencioso cria pressão positiva contínua nas vias aéreas. O uso evita o fechamento da passagem do ar para os pulmões.

Outro aparelho é o Intraoral, que funciona empurrando a mandíbula para a frente. Nesse movimento, os tecidos da garganta são afastados, liberando as vias aéreas para a passagem do ar.

Nova medicação

Um estudo clínico australiano foi publicado este mês na revista científica Heart and Circulatory Physiology.

Dez pacientes – cinco mulheres e cinco homens, com idade média de 55 anos e apneia obstrutiva do sono grave – receberam aleatoriamente um de três tratamentos: spray nasal placebo, spray nasal com bloqueador dos canais de potássio ou spray nasal bloqueador com respiração restrita apenas ao nariz (com uso de fita adesiva na boca ou no queixo).

Sete em cada 10 pessoas responderam ao spray nasal bloqueador dos canais de potássio, mostrando redução na frequência de episódios de colapso das vias aéreas superiores durante o sono e redução da pressão arterial na manhã seguinte.

O uso do spray com respiração “somente nasal” não melhorou a qualidade do sono neste estudo.

Fonte: Especialistas consultados e pesquisa A Tribuna.

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