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Brasil

Promotoria denuncia motorista de Porsche por homicídio doloso e lesão corporal

Fernando Sastre de Andrade Filho estava a 156 km/h quando bateu na traseira do carro do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana


Imagem ilustrativa da imagem Promotoria denuncia motorista de Porsche por homicídio doloso e lesão corporal
Promotoria denuncia motorista de Porsche por homicídio doloso e lesão corporal |  Foto: Divulgação/Polícia Civil de SP

A Promotoria de São Paulo denunciou o empresário e motorista do Porsche Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, ambos na modalidade dolo eventual. Ele estava a 156 km/h quando bateu na traseira do carro do motorista de aplicativo Ornaldo Silva Viana, 52, que morreu.

Na semana passada, a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou Fernando e pediu a prisão preventiva dele —assim, cabia ao Ministério Público de São Paulo decidir se denunciaria ele, arquivaria o processo ou solicitaria novas diligências.

No relatório final, a polícia argumenta que a prisão preventiva de Fernando foi solicitada sob argumento da garantia da ordem pública. De acordo com as autoridades, os crimes são graves e há provas indiscutíveis da existência do crime e indícios suficientes de autoria.

Segundo a polícia, os crimes investigados afrontam a "segurança viária e a locomoção de cidadãos de bem", diz. A mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, é citada, no fim do relatório, como coautora no crime de fuga do local.

A promotora do caso, Monique Ratton, decidiu denunciá-lo. Agora, o caso segue para o Tribunal de Justiça de São Paulo, que vai decidir sobre a prisão preventiva do empresário.

Em nota, o MPSP afirma que Ratton se manifestou a favor da decretação da prisão preventiva para evitar que o denunciado, como já fez ao longo das investigações, influencie as testemunhas. De acordo com a promotoria, o denunciado ingeriu álcool em dois estabelecimentos antes de apanhar o seu veículo

Após o acidente que causou a morte do motorista de aplicativo, Fernando afirmou para policiais no local que não se lembrava do que tinha acontecido.

Imagens de câmeras corporais dos agentes mostram o jovem ao lado da mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, por volta das 3h do dia 31 de março. Os dois tentaram deixar o local, mas são impedidos por uma policial militar que afirma que precisa "qualificar" o jovem antes de liberá-lo. "Não pode tirar ele daqui assim", afirma.

A PM pergunta a outro colega se ele possui equipamento para teste de bafômetro no local, e o policial responde que não tem. Depois de conversar com o motorista, a policial militar fala com um bombeiro que diz que Fernando estava "um pouco etilizado".

A mãe de Fernando afirmou às autoridades policiais que levaria ele até o hospital. Porém, quando as autoridades policiais foram até o estabelecimento descobriram que o empresário não havia passado lá.

De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), houve falha de procedimento dos policiais que atenderam a ocorrência pelo fato do motorista não ter sido submetido ao bafômetro.

O dono do Porsche se apresentou na delegacia na tarde de segunda, mais de 30 horas após a colisão.

O Ministério Público afirma que Daniela Cristina de Medeiros Andrade, mãe do empresário que causou o acidente, tentou atrapalhar as investigações.

Testemunhas do caso foram ouvidas, como a namorada de Fernando e o amigo que estava com ele no carro e a namorada desse amigo. Enquanto a namorada do empresário nega que ele tenha bebido, os amigos afirmam que todos beberam horas antes do acidente.

A Folha teve acesso ao inquérito com informações sobre onde o grupo do empresário esteve antes do acidente —eles foram jantar e depois seguiram para uma casa de pôquer.

Em um dos estabelecimentos, eles consumiram oito drinques chamado Jack Pork —feito com uísque, licor, angostura e xarope de limão siciliano—, além de uma caipirinha de vodca.

Também foram consumidos água, um torresmo, um bolinho de costela, um hambúrguer e outros dois salgados. O total gasto foi de R$ 620. No inquérito é dito que ainda não é possível confirmar se há imagens de Fernando ingerindo bebida alcoólica, mas que existe essa possibilidade.

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