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Cidades

Enfermeira é investigada por chantagear grávidas até durante o parto

A profissional foi denunciada por 18 gestantes. Algumas emprestaram R$ 20 mil para acusada. Ela dizia que devia para agiotas


Imagem ilustrativa da imagem Enfermeira é investigada por chantagear grávidas até durante o parto
|  Foto: Canva

Após criar vínculos com grávidas de diferentes cidades do Espírito Santo, uma enfermeira obstétrica passou a chantagear as pacientes para que lhe ajudasse financeiramente porque estaria prestes a perder a vida se continuasse devendo a agiotas.

A chantagem acontecia por mensagem de texto, ligação e até no momento em que as gestantes estavam em trabalho de parto.

Veja mais notícias sobre Cidades aqui.

Pelo menos 18 pacientes foram alvo das chantagens da enfermeira, e algumas delas chegaram a emprestar R$ 2 mil, R$ 12 mil e até R$ 20 mil à enfermeira.

O caso foi denunciado ao Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES), que investiga a conduta da profissional.  

"O Coren informa que tomou ciência das informações e que está apurando as possíveis irregularidades e, sendo constatado a veracidade dos autos, tomará as medidas cabíveis", ressaltou por  nota.

A enfermeira obstétrica é denunciada por indícios de infração ética, ao invadir a privacidade da paciente, aproveitando de um momento de fragilidade dessas gestantes, praticando violência obstétrica  psicológica. 

"Uma das pacientes foi abordada ainda em estado gestacional e, mesmo na hora de seu parto, a qual teve de ser realizado por cesariana, a enfermeira, ao ‘pé do seu ouvido’, disse que o agiota estava lhe perseguindo e que ela tinha medo que ele mandasse alguém dar fim em sua vida, mesmo ela estando dentro de um hospital, na mesa de cirurgia, causando pânico", ressaltou o texto da denúncia. 

A enfermeira, que terá o nome preservado até que os órgãos fiscalizadores concluam as investigações, teve seu contrato encerrado com a maioria dos médicos que dividia atendimento. A profissional prestava a mesma assistência a nove médicos obstetras. 

"Os médicos que descobriram o ocorrido têm dado toda a assistência às pacientes, inclusive  jurídica, realizar todas as medidas necessárias", ressaltou o setor jurídico que está acompanhando as 18 vítimas. As mulheres vão registrar boletim de ocorrência nos próximos dias. 

Os advogados reforçam que  as pacientes que sofreram  abordagem durante o trabalho de parto ou em período puerperal (pós-parto) pela enfermeira, incompatível com a ética da enfermagem, devem denunciar ao Coren-ES.  

Procurada pelo jornal, a enfermeira investigada não enviou nenhuma resposta até o fechamento desta reportagem.

ENTENDA

Violência obstétrica psicológica

Chantagem

  • Uma enfermeira obstétrica está sendo investigada por chantagear as pacientes para que lhe ajudasse financeiramente porque estaria prestes a perder a vida se continuasse devendo a agiotas. 
  • A chantagem acontecia por mensagem de texto, ligação e até no momento em que as gestantes estavam em trabalho de parto.
  • Pelo menos 18 pacientes foram alvo das chantagens da enfermeira e algumas delas chegaram a emprestar R$ 2 mil, R$ 12 mil e até R$ 20 mil à enfermeira.

Denúncia

  • O caso foi denunciado ao Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES), que investiga a conduta da profissional.  
  • A enfermeira obstétrica é denunciada por indícios de infração ética, ao invadir a privacidade da paciente, aproveitando de um momento de fragilidade dessas gestantes, praticando violência obstétrica psicológica. 
  • A profissional terá o nome preservado até que os órgãos fiscalizadores concluam as investigações.
  • As vítimas também vão fazer boletim de ocorrência em delegacia. 
  • Ela teve seu contrato encerrado com nove médicos obstetras para os quais ela  prestava serviço. 
  • Procurada pelo jornal A Tribuna, a enfermeira investigada não enviou nenhum esclarecimento até o fechamento da reportagem.

Fonte: Coren-ES e vítimas entrevistadas.

RELATOS DAS VÍTIMAS

Pedido por R$ 35 mil

“A enfermeira me pediu R$ 35 mil. Mas eu não dei a ela,  porque meu marido não autorizou. 

Depois disso, ela  continuou me abordando, me ligava chorando, insinuando que cometeria suicídio. Ela também mandava áudios chorando, dizendo que estava sendo seguida pelos agiotas, para quem ela dizia que devia. 

Tudo isso aconteceu enquanto eu estava aprendendo a cuidar da minha bebê, que tinha poucos dias de vida. Eu não tinha paz. 

Por fim, ela me pediu um valor menor, que meu marido também não autorizou pois já estava bem irritado com a situação.”

"Sofro até hoje"

“Depois do trabalho de parto, a enfermeira continuou se aproximando de mim, tentando me cativar, pedindo foto da minha filha e, um ano depois ela, me pediu cestas básicas, e demos dinheiro. 

Depois de um tempo, ela entrou em contato de madrugada, por volta das 3 horas, pedindo orações por ela, porque os agiotas estariam a ameaçando de morte.

Então, ela me pediu R$ 20 mil, mas  meu marido não autorizou. Fiquei desesperada, meu leite secou, meu psicológico ficou abalado com toda essa história, e sofro com isso até hoje.”

Perseguição

“Eu não paguei  o acompanhamento dela no meu parto e, desde sempre, ela foi muito solícita, me procurando para tirar as minhas dúvidas. 

Eu estava ainda no puerpério (pós-parto) quando ela me mandou mensagem perguntando se eu estava sozinha e pediu para desabafar.

Nisso, ela me mandou um áudio chorando, dizendo que estava sendo perseguida, e que os agiotas iam matá-la.

Ela explicou para mim que a dívida não seria dela, mas ela afirmou que emprestou o cheque para alguma pessoa próxima a ela, que teria trocado esse cheque com os agiotas. Ela, então, me pediu R$ 20 mil, mas eu não dei.”

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