X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Cidades

Paralisação de motoristas e cobradores deixa usuários de ônibus a pé no ES

Empresa confirmou que o pagamento dos funcionários não está em dia


Imagem ilustrativa da imagem Paralisação de motoristas e cobradores deixa usuários de ônibus a pé no ES
Essa é a segunda vez que a categoria decide paralisar o serviço por falta de pagamento no município. |  Foto: Roberta Bourguignon/AT.

Quem depende do transporte público municipal em Guarapari ficou a pé nesta segunda-feira (13), e tudo indica que a situação permaneça da mesma maneira nesta terça-feira (14) também. É que a única empresa que realiza o serviço na cidade não pagou totalmente os salários de seus funcionários, e os motoristas e cobradores decidiram não trabalhar até que tudo seja acertado. 

Segundo o motorista Eugênio de Almeida, de 49 anos, que representa a categoria na paralisação, explica que há dois meses não receberam de forma integral os seus salários, e isso tem deixado os funcionários desmotivados e endividados. 

"A falta de pagamento em dia acontece há quase três anos, e dessa vez estamos sem receber adequadamente há dois meses. Em dois meses recebemos a metade de um mês. Eu graças a Deus não pago aluguel, mas o cobrador que trabalha comigo sim, e fez empréstimo para arcar com suas dívidas. O filho dele vendeu geladeira para andar com caráter e seus pagamentos em dia", disse o motorista. 

Imagem ilustrativa da imagem Paralisação de motoristas e cobradores deixa usuários de ônibus a pé no ES
|  Foto: Roberta Bourguignon/AT.

Eugênio ressalta que possui todos os cursos para trabalhar com carreta, mas decidiu trabalhar com transporte público, e enfrenta a dificuldade junto com os 200 funcionários que a empresa possui. 

"Eu deixei de trabalhar com cargas perigosas para trabalhar com cargas preciosas, que são vidas, e as pessoas não podem passar por isso. Encontrar motoristas e cobradores mal humorados porque a culpa não é nossa, e isso é muito ruim", completa ele. 

Essa é a segunda vez que a categoria decide paralisar o serviço por falta de pagamento. Na primeira vez foram obrigados a voltar sob pena de multa para o sindicato que os apoia, o Sintrovig, mas dessa vez o sindicato decidiu não apoiar os motoristas e cobradores e eles declaram que estão sem ao menos uma previsão de quando vão receber os salários atrasados. 

"Agora eles (a empresa) já não estão nem prometendo pagamento em dia. Nos disseram que quando entrar dinheiro eles pagam. Mas todos os dias entra dinheiro. Os usuários do transporte pagam à vista para andar nos ônibus", finaliza o motorista. 

A empresa confirmou que o pagamento dos funcionários não está em dia, e reiterou que a greve tem afetado a receita da empresa, trazendo prejuízos incalculáveis para população e trabalhadores.

"Informamos que a empresa vem mantendo em dia todos os pagamentos de férias e os acordos de pagamentos do salários de março que correspondem mensalmente, um custo aproximado de 70 mil reais. Na quinta-feira passada, a empresa concluiu o pagamento do vale alimentação, com desembolso de mais de 200 mil reais. Desde então vem juntado para concluir o pagamento da folha, sendo que na data de ontem realizamos o pagamento de 30%, totalizando assim mais de 55% do pagamento vencido 10/05/22, que corresponde a aproximadamente 170 mil reais já pagos", informou por meio de nota. 

Por fim a empresa destacou que a receita recebida não cobre os custos do sisitema atual, fato este já notificado ao órgão gestor, a prefeitura de Guarapari. 

A Secretaria de Postura e Trânsito (Septran), informou que a situação tem sido acompanhada de perto pela prefeitura, e não há previsão de penalidade pelo movimento de greve, mas devido ao não cumprimento da decisão judicial, para que a concessionária mantenha o mínimo da frota operante prestando atendimento aos usuários, poderão acontecer penalidades por vias judiciais.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: