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Regional

“Foi a última missão”, diz filha de aposentado que doou 5 órgãos

Idoso de 69 anos disse à família, no dia em que teve um AVC, que gostaria de ser doador. Atitude vai ajudar cinco pessoas


Imagem ilustrativa da imagem “Foi a última missão”, diz filha de aposentado que doou 5 órgãos
Equipe médica no Hospital Unimed Sul Capixaba, em Cachoeiro: fígado, rins e córneas foram doados |  Foto: Divulgação

Cinco pessoas do Espírito Santo e do Rio Grande do Sul foram beneficiadas com fígado, rins e córneas, após uma captação de órgãos que aconteceu na última terça-feira, no Hospital Unimed Sul Capixaba, em Cachoeiro de Itapemirim, após a morte de um aposentado de 69 anos por causa de um acidente vascular cerebral (AVC).

Conforme a filha do aposentado doador, justamente no dia em que seu pai passou mal, ele estava assistindo a uma reportagem na televisão sobre doação de órgãos e manifestou o desejo de ser doador.

“Até então, ele nunca tinha comentado nada a respeito. Meu pai deixou muitas coisas boas em vida e essa foi a última missão dele. Ele está concluindo tudo aquilo que ele viveu, trazendo o bem para outras pessoas”, disse a filha, que preferiu não se identificar.

O médico e coordenador da Unidade Coronariana e Neurológica (Ucon), Rafael Salgado, enfatizou que o transplante de órgãos pode ser a única esperança ou recomeço para pessoas que necessitam de doação. “O gesto dos familiares pode beneficiar, ao mesmo tempo, em torno de cinco vidas”.

O processo de doação, segundo ele, é composto por uma série de etapas que visam garantir a segurança e transparência da ação.

O paciente com diagnóstico de morte encefálica internado é doador em potencial e a família é informada da possibilidade de doação dos órgãos. Caso ela concorde, uma série de exames são feitos para confirmar o diagnóstico.

“O manejo do potencial doador na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é de extrema importância para manter a viabilidade dos órgãos e tecidos”.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que o fígado foi doado a um paciente do Estado, enquanto os rins foram destinados a pessoas do Rio Grande do Sul.

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As córneas também foram doadas, dando a oportunidade de restaurar a visão de alguém que necessite.

De acordo com o Ministério da Saúde, os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera.

A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

A retirada de órgãos só pode ser realizada após a autorização familiar. Portanto, mesmo que uma pessoa tenha dito em vida que gostaria de ser doador, a doação só acontece se a família autorizar.

SAIBA MAIS

Família de doador tem de autorizar ação

Doação de órgãos

> Beneficia o paciente que aguarda na lista de espera, trazendo qualidade de vida a ele, que consegue se reestabelecer no ambiente familiar, de trabalho, social e pessoal.

> Órgãos que podem ser doados: coração, pulmão, fígado, pâncreas, rim, córnea, ossos, músculos e pele.

Um único doador pode contribuir com a saúde de mais de 8 pessoas.

> No Brasil, o transplante só acontece com a autorização de um familiar do doador. Por isso, é fundamental falar com a família sobre o desejo da doação. Ela só acontece após autorização por escrito de um familiar.

> Quando não há compatibilidade com os pacientes listados no território capixaba, o órgão é ofertado a pacientes de outros estados.

Recusas

> No Espírito Santo, em 2022, foi registrado o maior número de recusas familiares dos últimos cinco anos, com 58% das entrevistas resultando na não autorização para a doação. Em 2023, até setembro, esse dado era de 42% de recusas.

Lista de espera

> No Estado, dados contabilizados de janeiro até agosto apontam que há 2.104 pessoas na lista de espera.

> Três aguardam por um transplante de coração.

> 15 esperam por um fígado.

> 1.102 precisam de um rim.

> 984 necessitam de córneas.

> Já quanto aos transplantes, houve 51 doadores até agosto, sendo 143 órgãos captados e 80 transplantes realizados no Espírito Santo.

Fonte: Sesa.

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