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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

O lado bom da maconha

Coluna foi publicada nesta terça-feira (31)

Dr. João Evangelista | 31/10/2023, 10:08 10:08 h | Atualizado em 31/10/2023, 10:09

Imagem ilustrativa da imagem O lado bom da maconha
Maconha ganhou notoriedade como substância medicinal nos últimos anos |  Foto: © Divulgação/Canva

Há muito tempo, os efeitos nocivos do cânhamo vêm escondendo suas virtudes. Considerada erva maldita, a maconha tem, como ativo mais importante, o delta-9-tetra-hidrocanabinol. É a concentração do THC que determina os efeitos no sistema nervoso central, como euforia, ansiedade, transtorno do pânico, prejuízo da memória, dependência e crises de abstinência.

A cannabis sativa é uma das plantas mais antigas cultivadas pelo ser humano, tendo sido utilizada como fornecedora de fibras, como alimento, com propósitos religiosos ou recreativos e como medicamento.

Apesar de sua longa história, o conhecimento científico sobre essa planta ocorreu apenas nos últimos 60 anos, a partir da identificação e do isolamento de seus componentes ativos.

Há 2700 a.C., mesmo sem nenhum conhecimento científico, a maconha era usada como remédio, sendo indicada para dores reumáticas, prisão de ventre, malária, entre outros distúrbios orgânicos.

Efeitos psicoativos também foram observados. Usuários diziam que a planta, caso ingerida em excesso, poderia fazer a pessoa comunicar-se com espíritos e produzir visão de demônios.

Os persas tinham conhecimento da ação bifásica da erva, fazendo clara distinção entre os efeitos euforizantes iniciais e os disfóricos tardios.

Hoje, sabe-se que a cannabis possui 160 fitocanabinoides, somados a mais de 420 compostos químicos provenientes do metabolismo secundário da planta, todos com interesse científico.

Seus metabólitos, aparentemente inativos, podem potencializar a atividade de componentes do sistema endocanabinoide.

Assim sendo, os diversos compostos presentes na planta interagem produzindo efeitos em extratos brutos distintos daqueles observados com os compostos isolados.

Estigmatizada como droga de abuso e ressuscitada como valioso agente terapêutico, a maconha vem ganhando notoriedade. Entretanto, essa planta não é um produto mágico.

Haxixe não realiza os sonhos delirantes do usuário, nem cura qualquer doença. Como toda droga, seu uso envolve riscos.

Existem evidências dos efeitos terapêuticos da maconha, quando utilizada em esclerose múltipla, epilepsia, doença de Parkinson, Alzheimer, transtornos de ansiedade, depressão, autismo, esquizofrenia, dores refratárias, câncer, doenças autoimunes, diabetes mellitus, Acidente Vascular Cerebral, entre outros distúrbios orgânicos e mentais.

Todavia, ainda longe de evidências científicas concretas, a prescrição de cannabis sativa deve ser efetuada com rigoroso critério médico. Existe o argumento de que, por ser um produto natural, o canabidiol é uma substância segura.

Essa visão oculta os efeitos nocivos produzidos pela planta.

É imperioso que os pacientes conheçam os riscos e os benefícios do canabidiol, que, como qualquer outra medicação, não é resposta milagrosa para todas as doenças, podendo levar ao surgimento de efeitos colaterais que não devem ser negligenciados.

Cabe à ciência ser o poderoso antídoto do veneno da ignorância.

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