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Doutor João Responde

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Colunista

Dr. João Evangelista

O sopro contínuo das hemácias

Coluna foi publicada nesta terça-feira (09)

Dr. João Evangelista | 09/01/2024, 10:24 10:24 h | Atualizado em 09/01/2024, 10:26

Imagem ilustrativa da imagem O sopro contínuo das hemácias
Hemácias são responsáveis por levar oxigênio aos tecidos do corpo e trazer gás carbônico de volta aos pulmões |  Foto: © Divulgação/Canva

Eritrócitos, também denominados glóbulos vermelhos ou hemácias, são microscópicos discos bicôncavos que rolam apressadamente dentro dos vasos sanguíneos, levando oxigênio para os tecidos e trazendo gás carbônico de volta aos pulmões.

Tudo isso parece simples, mas não é. Processos fisiológicos apresentam detalhes minuciosos.

Como tendemos a esquecer os detalhes tortuosos de um processo prolongado e complexo, ser um pouco informal com as notáveis funções orgânicas é a maior homenagem que podemos prestar a vida.

Portanto, se você quer carregar oxigênio, chame a hemácia! Envolvida por uma proteína carreadora de oxigênio, a hemoglobina, ela tinge o sangue com sua cor vermelha.

Eritrócitos contêm membrana plasmática resistente e, ao mesmo tempo, flexível, possibilitando a sua deformação sem sofrer ruptura, quando se espremem pelos capilares sanguíneos estreitos.

O fato de serem bicôncavos aumenta a superfície dos glóbulos vermelhos, facilitando a difusão de moléculas de gás para dentro e para fora deles.

Hemácias maduras não possuem núcleos; todo o seu espaço interno está disponível para o transporte de oxigênio. Como elas não têm mitocôndrias, geram energia de forma anaeróbica, não utilizando o oxigênio que transportam.

Além da função-chave no transporte de oxigênio e dióxido de carbono, a hemoglobina também desempenha as funções de regulação do fluxo sanguíneo e da pressão arterial.

Os glóbulos vermelhos vivem apenas 120 dias, sofrendo desgaste de suas membranas plasmáticas, ao serem espremidos através dos capilares sanguíneos. Além disso, sem um núcleo, as hemácias são incapazes de sintetizar novos componentes para substituir aqueles danificados.

Patrulhando o corpo contra antígenos diversos, os glóbulos brancos circulam lentamente junto à parede dos vasos sanguíneos, migrando para os tecidos, quando necessário. Os eritrócitos navegam rapidamente no meio do vaso, livres de congestionamentos, nutrindo o tecido muscular com energia.

A diminuição do aporte de oxigênio aos músculos constitui um fator limitante nas atividades físicas. Por essa razão, o aumento da capacidade de transporte de oxigênio do sangue melhora o desempenho atlético, particularmente em eventos de resistência.

O maior número de hemácias existente nos quenianos explica o sucesso dos maratonistas desse país. A altitude média nas regiões montanhosas do Quênia é de cerca de 1.829 metros acima do nível do mar. O treino nesses locais aumenta a produção de hemácias, oxigenando acentuadamente o sangue. Quando esses corredores competem em países pouco acima do nível do mar, seus corpos estão com mais eritrócitos do que os corpos dos outros competidores, que treinaram em locais baixos.

Auxiliados por arejadas hemácias, quenianos costumam ganhar competições esportivas brasileiras, como a Corrida de São Silvestre e Dez Milhas Garoto, por exemplo.

Rolando suas hemácias, flui o sangue oxigenado, oferecendo suor ou lágrimas.

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