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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

O bom gosto de Chico Lessa

Coluna foi publicada nesta quarta-feira (08)

Aldo José Barroca | 08/05/2024, 13:45 13:45 h | Atualizado em 08/05/2024, 13:45

Imagem ilustrativa da imagem O bom gosto de Chico Lessa
Aldo José Barroca é escritor

Com quase 60 anos de carreira, Francisco José Viana Lessa, de nome artístico Chico Lessa, foi destaque na música capixaba, considerado membro efetivo do lendário Clube da Esquina, movimento musical de Milton Nascimento, Beto Guedes e Lô Borges – músicos, compositores e letristas –, surgido na década de 1970 em Belo Horizonte (MG).

No último dia 30 de abril, Chico Lessa nos deixou. Nascido no dia 12 de novembro de 1948, em Vitória (ES), Chico teve canções regravadas por músicos dentro e fora do Espírito Santo. Sucessos como: ““Menina dos olhos”, “Choveu”, “E o bicho não deu”, “Verões Azuis”, “Aquarela Capixaba” e a composição musical em homenagem ao Rio Branco A. C. (compôs também em parceria).

Nas redes sociais, homenagem de seu filho Ariel e diversas mensagens carinhosas de amigos e admiradores.

Sua obra é de qualidade, versátil compositor: de marchinhas de carnaval a rock, com tanta competência nesse estilo musical que cedeu canções para o álbum “O Roque da Esquina”.

Pessoa amável e bem-humorada, tinha bom gosto e era inteligente. Inspirado, fazia músicas e letras excelentes. Um gênio que merecia mais reconhecimento na Música Popular Brasileira (MPB).

Ficou famoso ao ganhar festivais de música no Estado. Com a marcha-rancho “Meio Mastro”, parceria com Tina Tironi, obteve o primeiro lugar no 1º Festival Capixaba de MPB. Tornou-se a trilha sonora de uma geração.

Em 2022, o disco “Clube da Esquina” foi eleito o melhor álbum brasileiro de todos os tempos em uma enquete realizada junto a mais de 160 especialistas da área musical. Em homenagem aos 50 anos da obra que revolucionou a MPB, o cantor e compositor Zel Moreira lança o álbum “O Rock da Esquina”, com 13 composições de Chico Lessa, membro da primeira formação do célebre movimento “Clube da Esquina”.

Os espetáculos de lançamento aconteceram em 11 de dezembro no Bar do Museu Clube da Esquina, em Belo Horizonte, e em 17 de dezembro, em Vitória. Em ambos os eventos, Zel Moreira contou com a participação especial de Chico Lessa nos vocais da música “Enquanto você me amar”.

Classificados para o 4º Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, conheceu Toninho Horta e Marcio Borges e compôs com Marcio “No Tom de Sempre”. No final de 2020, durante a pandemia de covid, Chico ouviu o dueto de Lô Borges e Paulinho Moska na música “Muito além do fim”, e compôs a canção “Bota o Rock do Lô”. Zel Moreira viu o registro nas redes sociais do amigo e revestiu a canção de guitarras distorcidas e arranjo pulsante de baixo e bateria.

Zel gravou “roques” que Chico deixou de lado para se dedicar a sambas e bossas e enfatizou: “O Chico Lessa merece a homenagem por seu trabalho, por sua história e por seu talento”.

Há um bom tempo, a primeira apresentação de Chico que assisti foi na Praia de Camburi, em Vitória, de imediato fiquei seu admirador. Tanto que, no ano de 2010, por intermédio de meu saudoso primo, amigo e colega poeta Marcos de Castro, convidei para cantar no lançamento de um de meus livros no antigo Bar Pierrô, em Bairro República, também na capital.

Gentilmente, ele aceitou e, desde então, firmamos nossa amizade, inclusive no Facebook.

- Aldo José Barroca, escritor

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