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Economia

Empresas aprovam semana com quatro dias de trabalho

Prática inspirada numa dinâmica internacional já é adotada no Estado, segundo empresários, que garantem ter obtido bons resultados


Imagem ilustrativa da imagem Empresas aprovam semana com quatro dias de trabalho
Inspirada na dinâmica internacional, uma empresa do Reino Unido convidou empresas do País para testar o modelo |  Foto: Reprodução/Canva

Em alguns países do mundo já é realidade a semana de trabalho reduzida, com jornadas que vão de segunda a quinta-feira. Inspirada na dinâmica internacional, uma empresa do Reino Unido convidou empresas do País para testar o modelo. No Estado, empresários já adotaram essa dinâmica há algum tempo.

As empresas envolvidas na pesquisa têm autonomia para decidir em que dia da semana os funcionários vão folgar - nem sempre é sexta. E os próprios funcionários recebem orientações sobre como otimizar o tempo de trabalho.

Ronny Rangel, fundador da Mundo do Traqueamento, empresa de tecnologia de Vitória, adotou a prática antes mesmo dela desembarcar no País. “A folga acontece em um intervalo de duas semanas, é uma alternativa para impulsionar a produtividade”, destaca.

Ana Quiroz, especialista em comportamento humano, gestão e neurociência, afirma que o modelo é a única saída para uma liderança que une qualidades técnicas e emocionais.

“O modelo de gestão é o mesmo há 50 anos, mas as últimas gerações se distanciam dele, a semana reduzida aumenta a produtividade e preserva a saúde mental dos colaboradores, reduzindo cargas de estresse mental e breakdown”, garante a especialista.

A WeBelieve é uma hub de criatividade e inovação, onde diversas empresas do ecossistema têm adotado a jornada de trabalho reduzida, com o modelo de quatro dias por semana. Para Breno Lobato, fundador da hub, o modelo beneficia tanto a empresa quanto os colaboradores.

“Por parte dos colaboradores, relata-se uma sensível melhora na performance, atribuída à melhor gestão do tempo e ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal. As empresas, por sua vez, reportam um ambiente organizacional mais harmonioso e produtivo”, diz ele ao citar a realidade das empresas que acompanha.

Cosme Peres, conselheiro da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Espírito Santo (ABRH-ES), fala que o modelo ainda é piloto e precisa ser aplicado observando certos cuidados.

“Afinal, o empregado passa a trabalhar 80% do tempo, continua ganhando 100% do salário, mas também se compromete a entregar 100% da produtividade. Essa reorganização da jornada torna-se, portanto, necessária, para que o dia de folga não seja compensado com horas-extras nos demais dias”.

Sindicato tem de aprovar mudanças, diz especialista

Para adotar a semana reduzida não basta apenas excluir um dia útil de trabalho. Para que a dinâmica não seja um problema para o empregador e o empregado, é necessário seguir um procedimento que inclui até o sindicato.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) recomenda que as diretrizes sigam o que estabelece a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para o procurador do Trabalho, Vitor Bauer, o principal objetivo do modelo é promover bem-estar e aumentar a produtividade e resultados das empresas.

“A lei trabalhista estabelece que o teto de horas trabalhadas não pode ultrapassar 8 horas diárias e 44 horas semanais. A opção de reduzir este tempo é facultativa a cada empregador. No entanto, a empresa que escolhe esse modelo não pode compensar o benefício”, diz.
Já o advogado trabalhista Alessandro Paixão explica que a redução da jornada deve ser prevista com detalhes em acordo ou convenção coletiva firmado entre os sindicatos e as empresas prevendo as condições da redução da jornada.

SAIBA MAIS

O que é?
A semana de trabalho de quatro dias é um modelo no qual os empregados trabalham um total de quatro dias por semana, em vez dos tradicionais cinco dias.

Em alguns casos, significa trabalhar dias mais longos, enquanto em outros envolve a redução do total de horas trabalhadas semanalmente para 32 horas, ao invés das tradicionais 44 horas.

No entanto, o modelo não pode impor diária com mais de 8 horas de trabalho por dia ou 44 horas semanais.

Hora x salário
Imagine uma empresa que tem 10 colaboradores e gasta R$100 mil mensais com salários e benefícios.

Neste caso ele adquire 1.760 horas trabalhadas por mês, por esse valor, pagando R$ 56,82 pela hora trabalhada.

Nessa mesma empresa, a produção mensal é de 1.000 peças. Assim, só de mão de obra, a peça tem um custo de R$ 100.

Agora, se a equipe conseguir produzir as mesmas peças, mas trabalhando apenas quatro dias, o aumento de produtividade compensaria o maior valor pago por hora trabalhada.

Legalidade
Não é ilegal o modelo de semana reduzida com quatro dias de trabalho.

A lei diz que existe um teto, o de 44 horas semanais trabalhadas - ou 8 horas por dia. Se o empregador quiser oferecer menos, é possível, mas é preciso ter atenção.

O valor das horas trabalhadas precisa ser o mesmo para todos os colaboradores.

Além disso, é preciso manter os valores pagos do 13º e das férias remuneradas, sem nenhum prejuízo.

Congresso
Pelo menos dois PL com propostas de redução da jornada de trabalho estão em discussão no Congresso. O tema voltou a ganhar destaque após empresas brasileiras aderirem a um experimento que testa o modelo de quatro dias de trabalho.

Fonte: Especialistas citados a e pesquisa AT

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