X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Política

Data do golpe de 1964 tem menções discretas no governo após veto de Lula

Presidente orientou ministérios a não realizar nem críticas nem atos em memória


Imagem ilustrativa da imagem Data do golpe de 1964 tem menções discretas no governo após veto de Lula
O petista disse que estava mais preocupado com o golpe de 8 de janeiro de 2023 do que com 64. |  Foto: TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO — 10/04/2023

Em consonância com o veto imposto pelo presidente Lula (PT) a eventos relativos ao aniversário do golpe militar, a data teve menções tímidas de ministros do governo e lideranças petistas nas redes sociais na manhã deste domingo (31).

Nesta data completa-se 60 anos do golpe de 1964, que deu início à ditadura militar marcada por reduções de liberdade, censura, torturas e assassinatos.

No início do mês, o governo orientou ministérios a não realizar nem críticas nem atos em memória da efeméride em meio a um esforço para distensionar as relações com as Forças Armadas e diante da polarização persistente no país.

A orientação foi criticada por especialistas, historiadores, familiares de vítimas da ditadura e militantes dos direitos humanos. Entre os ministros de Lula, apenas Paulo Pimenta (da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República) fez uma publicação na manhã deste domingo com menção à ditadura.

"Ditadura Nunca Mais! A esperança e a coragem derrotaram o ódio, a intolerância e o autoritarismo. Defender a democracia é um desafio que se renova todos os dias", publicou ele no X (antigo Twitter).

Ao menos cinco ministros foram às redes sociais durante a manhã, mas só publicaram frases de cunho religioso, alusivas à Páscoa. Foram os casos de Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Camilo Santana (Educação), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Marcio França (Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte) e Luiz Marinho (Trabalho).

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, nada havia publicado até o fim da manhã deste domingo. O ministério havia planejado um pedido de desculpas a vítimas da ditadura e ações para marcar a data, sob o slogan "sem memória não há futuro".

Desde que se tornou ministro, Almeida já se referiu à ditadura militar como "essa página nefasta de nossas histórias [que] não deve ser esquecida para que nunca mais se repita".

O perfil oficial do PT não seguiu a orientação de Lula e fez publicações em que condena a ditadura, além de republicar perfis de parlamentares do partido que se posicionaram.

A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann (PR), fez neste domingo, até a publicação desta reportagem, postagens relacionadas à Páscoa e uma homenagem a Lula e o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica. Não houve menção à efeméride dos 60 anos do golpe.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), publicou mensagem em que afirma ser "crucial honrar a memória daqueles que sofreram e resistiram durante esse período".

"A busca por justiça e verdade ainda é uma jornada contínua, renovando nosso compromisso em construir um futuro mais justo e democrático", escreveu o deputado.

A ex-presidente Dilma Rousseff, ela própria vítima de tortura no período, também se posicionou, além de mencionar os ataques de 8 de janeiro em Brasília.

"Manter a memória e a verdade histórica sobre o golpe militar que ocorreu no Brasil há 60 anos, em 31 de março de 1964, é crucial para assegurar que essa tragédia não se repita, como ocorreu recentemente, em 8 de janeiro de 2023", publicou ela na rede social X.

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entusiasta confesso da ditadura que já se referiu ao aniversário do golpe como 'dia de liberdade', manteve o silêncio neste domingo. Nas redes sociais, ele postou uma mensagem sobre o domingo de Páscoa.

Bolsonaro já declarou apoio ao torturador da ditadura Carlos Brilhante Ustra, a quem considera um herói nacional. Além de frases golpistas ditas ao longo de sua carreira como político, o ex-presidente é investigado por suposta participação em uma trama golpista para impedir a última posse do presidente Lula.

A orientação de Lula ocorreu dias após o presidente afirmar que prefere não ficar remoendo as consequência do golpe de 1964 porque isso "faz parte do passado" e quer "tocar o país para frente".

"Eu, sinceramente, vou tratar da forma mais tranquila possível. Eu estou mais preocupado com o golpe de 8 de janeiro de 2023 do que com 64. Eu tinha 17 anos de idade, estava dentro da metalúrgica Independência quando aconteceu o golpe de 64. Isso já faz parte da história. Já causou o sofrimento que causou. O povo já conquistou o direito de democratizar esse país", disse.

Segundo pesquisa Datafolha, a maioria dos brasileiros quer que a data que marcou o início de 21 anos de ditadura militar no país seja desprezada. Pensam assim, de acordo com a pesquisa, 63% dos ouvidos em 19 e 20 de março. Veem motivo para celebração 28%, e 9% não sabem responder.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: