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Saúde

Atividade física ajuda em casos de depressão

Além do uso de antidepressivos, psiquiatras reforçam a importância de exercícios, dieta e psicoterapia


Imagem ilustrativa da imagem Atividade física ajuda em casos de depressão
A personal trainer Juliane Máyra Silva, de 29 anos, conta que ao ouvir “eu tenho que conversar com você” ou receber uma notícia inesperada, já começa a pensar em várias coisas ao mesmo tempo. Ela conta sobre os sintomas que podem ser desencadeados nessas situações. “Eu tenho crise de choros, vontade de vomitar, essas coisas, coisas fisiológicas, que eu sei que é ansiedade”, afirma. Juliane conta que não toma nenhuma medicação e que percebe diferença na sua saúde mental quando diminui as atividades físicas. “Vou a psicanalista. Ela sempre sabe quando paro e ela me indica voltar. Faço muita atividade física e acho que é por isso que ainda não cheguei a tomar medicamento”. |  Foto: Leone Iglesias/ AT

Tornar a atividade física um hábito, substituir alimentos processados e ultraprocessados por uma alimentação natural, rica em verduras, legumes e frutas, e também ingerir bastante água.

“Conselhos” que pacientes estavam acostumados a ouvir nos consultórios médicos agora passaram a ser prescrição no tratamento complementar não somente da ansiedade e depressão, mas também de outras doenças, como Parkinson e Alzheimer.

O tema se tornou objeto de pesquisas em diversos lugares do mundo e agora faz parte das diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a psiquiatra Janine Moscon, os médicos sempre recomendaram atividade física e alimentação saudável para seus pacientes.

"As orientações eram muito genéricas, do tipo "faça atividade física" ou "procure comer melhor". Os trabalhos atuais, têm dado maior substrato teórico para recomendações mais específicas como um mínimo de 90 minutos de atividade física por semana, a inclusão da musculação e não só caminhadas, evitar o consumo de álcool, cigarro, drogas, mas também de muito açúcar e alimentos superprocessados".

Neurologista e neurofisiologista da Universidade de São Paulo (USP), Diego de Castro observa que o exercício físico por si tem uma capacidade terapêutica principalmente nos casos leves de depressão e ansiedade.

“Quando o caso é grave não há um benefício do exercício isoladamente. É preciso fazer terapia com o medicamento junto”.

Além da atividade física, os cuidados com a alimentação também passaram a fazer parte da prescrição médica. O psiquiatra e mestre em Fisiologia Valber Dias Pinto destaca que uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e carnes magras, pode fornecer nutrientes essenciais para melhorar a função cerebral e o humor.

Nutrientes como ômega-3 (encontrado em peixes gordurosos), ácido fólico, vitamina D e magnésio têm sido associados à redução dos sintomas depressivos.

“Há probiótico, que não é tarjado, para a ansiedade. Fala-se em probiótico personalizado e sequenciamento genético, de uma maneira mais avançada”, afirma.

A psiquiatra Francislainy Dal’Col destaca também a importância da comunicação entre o intestino e o cérebro, por meio da microbiota intestinal, que é um conjunto de microrganismos que colonizam ou que estão presentes no intestino do ser humano.

Entre os fatores que determinam a composição dessa microbiota intestinal estão os hábitos alimentares e a realização de atividade física.

“Quando existe um desequilíbrio da microbiota intestinal, as bactérias patológicas saem do intestino, entram na corrente sanguínea com as substâncias químicas inflamatórias e assim vão acessar outras regiões do nosso corpo, outros órgãos e um deles é o cérebro, onde vão modificar o funcionamento e as estruturas das células cerebrais neurológicas”.

Saiba mais

Probióticos naturais do iogurte

- Estudos

Em 2023, estudo publicado no Journal of Affective Disorders, que acompanhou 141 pacientes por 16 semanas, mostrou que, em casos de depressão ou ansiedade patológica, correr duas vezes por semana pode ter efeito semelhante a antidepressivos e ansiolíticos.

Um estudo da Universidade da Austrália Meridional finalizado em fevereiro de 2023 concluiu que praticar exercícios é até 50% mais eficaz do que os efeitos da medicação prescrita por médicos no combate à depressão.

Estudo de 2022, publicado na JAMA Psychiatry, mostra que a intensidade da prática reduz o risco de depressão. A pesquisa aponta que se as pessoas fossem ativas fisicamente, 11% da depressão incidente seria evitada.

- OMS

Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou novas diretrizes sobre atividade física e comportamento sedentário. Elas recomendam pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica moderada a vigorosa por semana para todos os adultos, incluindo quem vive com doenças crônicas ou incapacidade, e uma média de 60 minutos por dia para crianças e adolescentes.

Segundo a OMS, a atividade física regular é fundamental para prevenir e controlar doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer, bem como para reduzir os sintomas de depressão e ansiedade, reduzir o declínio cognitivo, melhorar a memória e exercitar a saúde do cérebro.

- Alimentos e atividade física

Assim como na atividade física, uma dieta rica em anti-inflamatórios naturais (como antioxidantes encontrados em frutas e vegetais) pode ajudar a combater a inflamação sistêmica, que está ligada à depressão, segundo o psiquiatra e mestre em Fisiologia Valber Dias Pinto.

O neurologista e neurofisiologista da Universidade de São Paulo Diego de Castro diz que a adição de probióticos, até mesmo naturais, como iogurtes e kefir, é uma maneira simples e de baixo custo para o paciente que adota alimentação saudável.

Fonte: Especialistas e pesquisa/AT.

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