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Saúde

Saúde vai avaliar se há risco de surto da Febre Oropouche no ES

Já são 12 casos da doença ao redor do Estado


Imagem ilustrativa da imagem Saúde vai avaliar se há risco de surto da Febre Oropouche no ES
Mosquito maruim é um dos transmissores da febre oropouche |  Foto: Divulgação / Fiocruz

Com a confirmação de novos casos da febre Oropouche, uma doença causada pela picada de mosquitos maruins infectados, o Espírito Santo já se antecipa e irá avaliar, nesta semana, se há risco de um surto da doença nos municípios capixabas.

Comum nos estados da região Amazônica, a febre Oropouche chegou ao Sudeste no início do mês passado. No dia 02 de março, o jornal A Tribuna já havia abordado o primeiro caso no Rio de Janeiro e questionado aos especialistas e às autoridades em saúde sobre a possibilidade de casos no Estado.

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De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em 2.372 amostras analisadas foram confirmados 12 casos da doença, até a noite desta quarta-feira (24).

O percentual de positividade está em 0,45%, mas o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, revelou que a Sesa já irá avaliar o risco de um surto.

“Vamos avaliar, nesta semana, se há risco de um surto da febre Oropouche no Estado, como ocorre na Bahia. No momento, não podemos afirmar que existe um surto. Iremos monitorar casos suspeitos enviados pelos municípios. É importante reforçarmos que não há letalidade registrada para a doença”.

O subsecretário explica que os sintomas da infecção pela febre Oropouche são parecidos com o quadro clínico da dengue, da chikungunya e da febre amarela: febre alta, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações, náuseas e vômitos, por exemplo.

Os sintomas duram de dois a sete dias, com evolução benigna e sem sequelas.

O médico geriatra Gustavo Genelhu tranquiliza a população idosa: complicações sérias da doença são raras. “Qualquer pessoa exposta a um ambiente com condições de desenvolvimento do mosquito, independentemente da idade, pode sofrer mais riscos de contrair a doença”.

O biólogo e mestre em Biologia Animal pela Ufes Daniel Gosser Motta explica que os casos fora dos estados da região da Amazônia podem estar ligados ao desmatamento. “Os ciclos da doença são o silvestre, quando infecta o bicho-preguiça e os macacos, e o urbano, quando infecta os humanos. Nas áreas desmatadas, se não há esses animais, as contaminações serão em seres humanos”.

As medidas para a prevenção da febre Oropouche incluem manter árvores e arbustos podados, retirar o excesso de matéria orgânica do entorno das casas, manter terrenos baldios livres de mato e manter os abrigos de animais limpos. Como medida individual, há o uso de repelentes e roupas compridas para diminuir as picadas de mosquito.


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Febre Oropouche

A febre Oropouche é uma doença causada por um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido pela picada de mosquito. Neste caso, o mosquito transmissor da doença é conhecido como “maruim”. Este mosquito geralmente está associado a regiões com maior umidade e presença de matéria orgânica.

O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), vírus causador da doença, foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica.

No Espírito Santo, até a noite de quarta-feira (24), havia 12 casos detectados da doença.

Sintomas

São muito semelhantes à dengue, zika e chikungunya, duram entre dois e sete dias.

Febre de início súbito, febre alta prolongada, dor de cabeça intensa, dor nas costas, dor articular, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas estão entre os sintomas comuns.

Transmissão

A transmissão da febre Oropouche é feita por mosquitos, no caso, pelo mosquito conhecido como “maruim”. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse inseto pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.

Diagnóstico

O diagnóstico da febre Oropouche é clínico, epidemiológico e laboratorial. Caso haja coexistência dos sintomas citados, é importante procurar atendimento médico. Todo caso com diagnóstico de infecção pelo vírus deve ser notificado.

Risco de surto

A doença é endêmica da região amazônica. Com o desmatamento, as chances de casos fora dessas regiões aumentam. Ainda não há uma epidemia da doença no Espírito Santo, mas já há avaliação do risco de um possível surto.

Prevenção

As medidas para a prevenção da febre Oropouche incluem manter árvores e arbustos podados, retirar o excesso de matéria orgânica do entorno das casas, manter terrenos baldios livres de matos e manter os abrigos de animais limpos. Como medida individual, há o uso de repelentes e roupas compridas para diminuir as picadas de mosquito.

Fonte: Ministério da Saúde, Sesa e especialistas entrevistados.

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